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Professores do Ceará fazem ato contra redução de contratações e de carga horária

Professores empunham faixas em que pedem a anulação da medida
Professores empunham faixas em que pedem a anulação da medida

Um grupo formado por cerca de 200 professores da rede pública estadual realizou um ato, desde às 14 horas até o fim da tarde desta quinta-feira, 21, na sede da Secretaria da Educação do Ceará (Seduc), no bairro Cambeba.

Os docentes protestam contra a significativa redução de contratações e de carga horária, previstas pela portaria de lotação 1.169/2015, publicada em dezembro do ano passado.

De acordo com a professora Cícera Barbosa, ex-professora da EEFM Maria Margarida de Castro Almeida, no bairro Conjunto Esperança, os participantes do ato estiveram reunidos para dizer que “não aceitam” a portaria.

“Fui atingida pela portaria e estou sem lotação. Foram cortados vários projetos, muitas escolas estão fechando turmas e turnos e mais de mil professores foram demitidos”, reclama Cícera.

Os professores pretendem apresentar suas reivindicações ao secretário da educação, Maurício Holanda Maia, ou ao secretário adjunto da educação, Armando Amorim Simões, para, desta forma, chegar a um acordo satisfatório para a categoria.

Conforme informações repassadas por Cícera, por volta das 16h, ela e mais outros oito educadores formaram uma comissão a ser recebida pelo vereador Acrísio Sena, fato que não se concretizou. O secretário de educação e o adjunto estariam impedidos de recebê-los porque o primeiro está de férias e o outro participava de uma reunião.

“Disseram que o Acrísio iria nos receber, mas ele não apareceu nem para dizer que não ia nos receber. Não disseram nada e só pegaram nossos RG’s e nomes completos”, critica a professora.

Em nota enviada ao O POVO Online, a assessoria de comunicação da Seduc informou que os educadores não foram recebidos nesta quinta “porque toda a negociação já foi feita com o Sindicato que representa a categoria”.

Novo ato

Além de empunhar faixas – nas quais se manifestam pela revogação da medida – e engrossar as reivindicações com microfone e um apitaço, o grupo já se organiza para realizar um novo ato no próximo dia 28 de janeiro, no Palácio da Abolição, às 9 horas. No mesmo dia, várias escolas contra a portaria vão paralisar as atividades.

“No dia 28 vamos parar. Toda a comunidade escolar, incluindo professores e pais de alunos, vai participar deste novo ato durante a semana pedagógica”, enfatiza. Ainda conforme a professora, um grupo de seguranças e de policiais permaneceu no local.

Fonte: http://www.opovo.com.br/

Zeudir Queiroz