Problemas comuns afetam cidades de Maracanaú e Caucaia

Áreas centrais de Maracanaú e Caucaia compartilham problemas como os da Capital e sofrem com obras inacabadas ou falta de manutenção de espaços públicos. Gestões municipais prometem melhorias A concentração de gente, comércio, veículos, mercadorias variadas em áreas limitadas torna o Centro de cada cidade um encontro de serviços e, tantas vezes, de problemas. Para além de Fortaleza, importantes cidades da Região Metropolitana têm em suas áreas centrais a concentração de problemas comuns. Entre essas questões encontradas no cotidiano dessas áreas, está o trânsito, desorganização do encontro do fluxo de pedestres e dos comerciantes ambulantes, lixo, calçadas irregulares, falta de drenagem. Em Caucaia, a 15,8 quilômetros de Fortaleza, os problemas das ruas do Centro são os já conhecidos. No entanto, em uma das principais ruas da área, o Mercado Municipal chama a atenção. O destaque que o prédio tem é pela estrutura com aspecto de abandono, o entorno com lixo e esgoto, calçadas irregulares e esburacadas para os pedestres, carros e motos estacionados em qualquer lugar. Assim, o local tradicional perde com a desorganização e a sujeira. O comerciante Francisco Ataíde trabalha no Mercado há oito anos e comenta que a reforma foi paralisada e que existe promessa de retorno da obra, mas os prazos ninguém sabe. “O projeto foi muito mal feito, com colunas no meio do corredor”, indicou Ataíde. Segundo a Prefeitura de Caucaia, a reforma do Mercado Municipal faz parte de uma Parceria Público Privada (PPP). Ao ser constatada a situação de atraso da reforma, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado com a empresa e a situação está sendo acompanhada pelo Ministério Público e pela gestão. Praças de Maracanaú Na área central de Maracanaú, cidade a 24,6 km da Capital, a situação de algumas praças é indicada por moradores como preocupante. A decepção pela falta de manutenção dos espaços públicos permeia a fala de quem mora, trabalha ou passa nesses locais. O comerciante Erivan Pedro de Mendonça trabalha na praça conhecida como da Estação e comenta que o local não tem manutenção. Um agravo, indica, é a limpeza deficiente, uma vez que existe uma feira que produz entulho diariamente. “Essa praça é a mais abandonada. É a primeira da cidade, mas é assim”, lamentou ele, que trabalha no espaço público há quatro anos. A presença de usuários de drogas nessa e em outras praças do Centro também alerta moradores, comerciantes e passantes, que argumentam insegurança para o uso dos espaços. Perto dali, na praça da rua Manoel Pereira, ao lado da estrutura do Centro de Comércio Informal (CCI) -cercada por tapumes – o mato alto precisa ser vencido pelos pedestres que passam no local. O equipamento foi construído junto ao centro comercial, mas sem inauguração ou manutenção, deixa a área com ar de esquecida. Segundo a Prefeitura de Maracanaú, as praças José Holanda do Vale (da Estação) e Manoel Pereira passarão por ampla reforma em breve. A licitação para a intervenção será iniciada no dia 16 de junho, abrangendo iluminação, arborização e mobiliário urbano. Saiba mais  Com relação ao CCI, a Prefeitura de Maracanaú informou que o espaço ainda precisa de reformas para receber os comerciantes ambulantes que hoje atuam na cidade – entre eles os da Praça da Estação – e serão realocados no espaço. As obras de reforma, no entanto, não têm prazo para entrega e, consequentemente, a inauguração do CCI fica indefinida. Sobre o uso de drogas em espaços públicos em Maracanaú, ponto citado pelos moradores, a Prefeitura apontou que já faz parte do programa federal ‘Crack, é possível vencer’ desde 2013, por isso, equipes estão sendo capacitadas para a abordagem dos usuários e direcionamento para o tratamento. O município também recebeu recurso do programa federal (R$ 500 mil) para construção de uma unidade de acolhimento infanto-juvenil para tratamento e centros de reabilitação estão sendo cadastrados pela Prefeitura. Serviço Ouvidoria da Prefeitura de Caucaia: 3342 8064 Ouvidoria da Prefeitura de Maracanaú: 3521 6526 Fonte: O Povo
Zeudir Queiroz

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