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Prefeito e Secretário Estadual do Turismo criticam construção de estrada entre a vila de Jeri e a Praia do Preá

A Prefeitura de Jijoca de Jericoacoara enviou oficio ao Chefe do Parque Nacional de Jericoacoara proibindo intervenções na área que pertencente ao município

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ambiental vinculado ao Governo Federal, e a Prefeitura de Cruz deram início a construção de uma estrada entre a Vila de Jericoacoara e a Praia do Preá. A intervenção, no entanto, é “totalmente ilegal”, assegura o secretário estadual do Turismo, Arialdo Pinho. A obra é ainda criticada pelo prefeito de Jijoca de Jericoacoara Lindbergh Martins (SD).

As obras teriam iniciado nesta quinta-feira, 13, de acordo com Lindbergh Martins (SD), prefeito de Jijoca de Jericoacoara (Foto: Analice Diniz)

Arialdo Pinho denuncia que a estrada não cumpriu o protocolo e não tem licença aprovada pelos órgãos competentes. Diz ainda que, por ser em uma unidade de conservação ambiental, seria necessária previamente uma audiência no Ministério Público Federal (MPF), o que não teria sido encaminhado.

As obras teriam iniciado nesta quinta-feira, 13, de acordo com Lindbergh Martins (SD), prefeito de Jijoca de Jericoacoara, mas já teriam parado. A Prefeitura inclusive, enviou oficio à Jeronimo Carvalho Martins, chefe do Parque Nacional de Jericoacoara, proibindo intervenções na área pertencente ao município.

“A obra começou no trecho pertencente ao município de Cruz e ao Governo Federal, entre o Preá e o Riacho Doce. Nós nos posicionamos totalmente contra porque além de afetar o meio ambiente, atinge o trade turístico. Turista gosta de Jeri como Jeri já é”, pondera Farias.

Obra

A intervenção planeja a raspagem, patrolamento e/ou terraplanagem, segundo ofício da Prefeitura de Jijoca. “Caso seja autorizado [o processo], poderá prejudicar toda cadeia trabalhista e comercial que compõe o trade turístico, além dos impactos ambientais causados na Unidade de Conservação do Parque Nacional de Jericoacoara”, diz o documento.

Em vídeos, é possível perceber máquinas e funcionários trabalhando na areia. O POVO pediu um posicionamento do ICMBio sobre a obra mas, até a publicação desta matéria, não recebeu resposta.

Fonte: O Povo Online

Zeudir Queiroz