O projeto de implantação de uma fábrica de montagem e manutenção de helicópteros pela Companhia Interamericana de Tecnologia Aeroespacial (Citasa), em São Gonçalo do Amarante, deve sair do papel ainda neste ano. Segundo informações da empresa, a expectativa é que a unidade já entre em operação em 2017, com capacidade de produção de 80 a até 100 aeronaves por ano.
De acordo com o gerente operacional do projeto, Henrique Paulo, a Citasa aguarda a conclusão de todas as análises e estudos por parte da equipe de engenharia, entre os quais o projeto arquitetônico e a avaliação do solo, para iniciar a construção da fábrica. “Estamos dentro do cronograma. São dois anos de projetos e acredito que, se tudo correr bem, assim que forem terminados, começarão as obras, por volta do meio do ano”, disse.
A instalação do equipamento tem caminhado a passos lentos desde o anúncio do projeto, no início de 2014, quando um protocolo de intenção foi assinado entre a Citasa e a prefeitura do município. No final daquele ano, um acordo semelhante também foi firmado entre a empresa e o governo, mas pouco andou após isso.
Reconfiguração societária
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de São Gonçalo do Amarante, Victor Samuel, a empresa teria informado que estava em meio a um processo de reconfiguração societária e pedido mais tempo para dar uma posição a respeito do empreendimento.
A Pasta aguarda uma comunicação por parte da empresa para que, juntos, possam fazer o cronograma de ações para a instalação da fábrica.
O secretário destacou que tudo o que seria de responsabilidade da prefeitura para a viabilização do empreendimento, como a cessão de um terreno de 30 hectares, já foi realizado. “Nós assinamos o protocolo de intenções e nos comprometemos a doar o terreno, na condição de que a empresa construísse a fábrica. Estamos aguardando uma manifestação por parte deles”, apontou.
Em relação ao licenciamento ambiental do empreendimento, Samuel disse que a empresa ainda precisará dar entrada na solicitação na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb).
Investimento
A Citasa pretende investir R$ 450 milhões no empreendimento, o que envolve a construção das instalações da fábrica, compra de máquinas, equipamentos, veículos e aquisição de tecnologia, gerando cerca de 900 empregos especializados.
As instalações irão abranger, além de galpões de fabricação e montagem, uma pista para testes relacionados a helicópteros e outra para aviões. A ideia é aproveitar a demanda crescente no mercado interno e também exportar, principalmente para os países do Mercosul.
Em parceria com a norte-americana Enstrom, tradicional fabricante de helicópteros, além da Space Exploration, a empresa quer desenvolver mão-de-obra qualificada, fornecedores e prestadores de serviços, para, em um curto prazo, compor uma cadeia produtiva para a montagem de helicópteros com alto grau de nacionalização, empregando soluções tecnológicas em motores à propulsão, pistão e turbinas.
Cooperação técnica
Há a intenção, ainda, de desenvolver uma cooperação técnica entre universidades do Estado e centros tecnológicos regionais, com a expectativa de criação de um novo polo aeronáutico no País. Inclusive, em dezembro do ano passado, foi anunciado que o Ceará foi escolhido para receber o primeiro mestrado profissional do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) fora da sua sede, com o curso de Segurança de Aviação e Aeronavegabilidade Continuada.
Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
- Polícia Federal Indicia Jair Bolsonaro e 36 Pessoas por tentativa de golpe de estado - 21 de novembro de 2024
- Deputado Apóstolo Luiz Henrique condena divisão entre fiéis e discurso de ódio na política - 21 de novembro de 2024
- Feirão SPC Brasil: renegociação de dívidas com descontos de até 99% - 21 de novembro de 2024