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Nascem primeiras crias de Jaguatiricas no Zoológico de Canindé

Canindé O Zoológico São Francisco, neste Município, tem dois novos hóspedes. Trata-se de “Sandy” e “Júnior”, um casal de Jaguatirica, espécie que encontra-se na lista dos animais ameaçados de extinção. Os filhotes são os primeiros que nasceram em cativeiro no criatório. A reprodução seguiu todas as exigências do Ibama. Os novos “xodós” do veterinário Henrique Weber ainda se alimentam do leite da mãe. Quando conseguirem comer sozinhos, vão passar por monitoramento de rotina para, depois, seguirem viagem para uma Organização Não Governamental, em São Paulo, que faz trabalho de reintrodução dos bichos na natureza, ou para um zoológico nas Filipinas.

Na manhã de ontem, a reportagem teve acesso com exclusividade ao local onde estão hospedados os animais.

O nome popular dos pais é Jaguatirica ou Gato do Mato Grande, que cientificamente é chamado de Leopardus paradalis. Sua distribuição geográfica acontece no sudoeste do Texas, Oeste do México e Norte da Argentina, por onde entra no Brasil se espalhando por todo continente da América do Sul.

Sua reprodução é de um a quatro filhotes após 70 a 85 dias de gestação. Se alimenta de pequenos vertebrados, como roedores, marsupiais, aves, lagartos e serpentes. Come um quilo de alimento por dia, em média.

“A espécie está ameaçada devido à agressão do homem, aos desmatamento, especulações imobiliárias, e ao tráfico descontrolado da espécie”, explica Henrique Weber. O pai dos filhotes está há três anos no zoológico, e a fêmea há um ano. “Nosso trabalho aqui é buscar essa reprodução para garantirmos a preservação desse animal”, afirma.

Agora, a outra grande expectativa de Henrique Weber é com um casal de onça pintada. A onça pintada macho veio de João Pessoa, na Paraíba, e é chamado carinhosamente de Baré. A fêmea, da mesma espécie, foi batizada de Luluca. Eles já estão em processo de acasalamento. A espécie tem nome popular de onça pintada ou jaguar, e o nome científico é Panthera onca. Na distribuição geográfica, localiza-se nas planícies costeiras do México até o Norte da Argentina. Seu habitat natural se concentra na Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Campos Sulinos. Se alimentam de veados, capivaras, catetos, pacas, dentre outros mamíferos de pequeno porte, além de peixes.


A reprodução acontece entre um e quatro filhotes, após 90 e 110 dias de gestação. Também está na relação dos animais em extinção no planeta. O casal que encontra-se no Zoológico de Canindé apresenta idades variadas. A onça pintada fêmea tem cinco anos. Já o macho completou sete anos. Eles comem em média três quilos de alimentos pro dia.

“Estamos satisfeito com o sucesso do projeto, porque todos os animais que chegam para acasalamento estão se adaptando muito bem”, comemora Weber.

No zoológico de Canindé existem 56 espécies divididas em 400 animais. O consumo diário chega a média de 50 quilos, além da alimentação nutricional como banana, melancia, mamão, girassol, gengibre, queijo, mel, maçã, pera, uva, dentre outros produtos. Para algumas espécies, grilos e baratinhas são selecionados como ração animal, e entram no cardápio.

Mais informações:

Zoológico de São Francisco das Chagas
Praça do Romeiro
Centro de Canindé
Telefone: (85) 3343.1811

Do Diário do Nordeste


Zeudir Queiroz