O Ministério Público de Juazeiro do Norte entrou com ação contra o ex-presidente da Câmara Municipal, José Duarte Pereira Júnior (PSL) – conhecido como Zé de Amélia – e outros sete envolvidos em casos de improbidade administrativa. As denúncias são as mais diversas, desde fraudes em licitações até superfaturamento na compra de produtos para o Legislativo. O caso pode ter prejuízos de até R$ 1,5 milhão e é semelhante ao “Escândalo das Vassouras”, que estourou no Município em agosto passado.
A investigação abrange a gestão de Zé de Amélia, entre 2009 e 2010. Irregularidades, portanto, ocorram antes da gestão de Antônio de Lunga, onde estourou o “Escândalo das Vassouras”. Segundo o MP, irregularidades ocorriam durante aquisição de materiais de consumo, serviços de assessoria, locação de veículos e até no imposto de renda. Ainda de acordo com o MP, esquema teria gastos ainda maiores do que o relevado em 2013.
12 mil vassouras
Isso porque, enquanto na gestão de Antônio de Lunga foram gastos R$ 63 mil em materiais de consumo, na de Zé de Amélia os mesmos gastos foram à R$ 1,5 milhão. “Na gestão de José Duarte Pereira Junior (Zé de Amélia) teriam sido adquiridas 12 mil vassouras, sendo 6,1 mil vassouras de palha, enquanto na gestão de Antônio Alves de Almeida (Antônio de Lunga) teriam sido adquiridas 4,2 mil vassouras, sendo 1,2 mil vassouras de palha”, diz.
Segundo a investigação, o prédio da Câmara não possui espaço físico para suportar a elevada aquisição de mercadorias, que não foram encontradas em inspeção. Além de Zé de Amélia, também foram acionados pelo MP outras sete pessoas envolvidas no caso, todas integrantes da Comissão de Licitação da Câmara.
Zé de Amélia
O POVO tentou entrar em contato com Zé de Amélia através de seu telefone celular, mas não obteve resposta. A reportagem também tentou entrar em contato através dos telefones da Câmara Municipal de Juazeiro e da assessoria de imprensa da Prefeitura de Juazeiro, mas ninguém soube localizar o ex-presidente do Legislativo.
Em agosto do ano passado, escândalo semelhante terminou com a queda de Antônio de Lunga da Presidência da Casa. Apesar de admitir compra exagerada de produtos de limpeza para a Casa, o ex-presidente sempre negou compras irregulares.
com informações do MP-CE
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