Iniciada segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa no Ceará

A Secretaria de Agricultura, Pesca e Aquicultura, em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, pretende imunizar 95% do rebanho do Estado do Ceará ( Foto: Natinho Rodrigues )
A Secretaria de Agricultura, Pesca e Aquicultura, em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, pretende imunizar 95% do rebanho do Estado do Ceará ( Foto: Natinho Rodrigues )
Juazeiro do Norte A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa começou nesta terça-feira (3). A Secretaria de Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa), em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária (Adagri) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematerce), pretende imunizar 95% do rebanho do Estado do Ceará. A campanha segue até o dia 2 de dezembro. Os criadores de bovinos, além de vacinar seus rebanhos, devem declarar, em um dos escritórios da Adagri, da Ematerce ou nas prefeituras conveniadas à campanha, em até quinze dias, o cumprimento da norma. “É importante que os criadores não percam o prazo da declaração porque, mesmo tendo vacinado, continuará em situação de inadimplência”, afirma Joaquim Sampaio, coordenador da campanha no Cariri. “A declaração também garante ao produtor o trânsito dos seus animais para outro Município e até para fora do Estado”, completa o presidente da Adagri, Augusto Júnior. O coordenador ressalta, ainda, que os pecuaristas que não cumprirem o prazo também serão passíveis de multa de R$ 16 por cabeça de animal não vacinado e ficarão impedidos de tirar a Guia de Trânsito Animal (GTA), que garante o trânsito para outros municípios ou localidades, dentre outras penalidades. Devem ser vacinados, na Região do Cariri, 600 mil cabeças de gado bovino e bubalino. “É momento para efetivar a vacinação desses animais na região. Deixar o gado saudável favorece a economia porque, garantindo o nosso status sanitário, reconhecido internacionalmente, o comércio de animais e os produtos e subprodutos a partir deles, podemos exportar para qualquer Estado do Brasil e também para fora do País”, afirma Róger Henrique da Costa, fiscal agropecuário da Adagri. A fiscalização, segundo ele, é feita nas propriedades de criadores, em feiras agropecuárias e, principalmente, em reuniões de associações com produtores. Preço Cada dose da vacina está sendo vendida por R$ 2, em média, e a quantidade mínima é de um frasco com dez doses, podendo variar entre cidades. “A segunda dose da vacina será distribuída para todo o Estado por meio de carros apropriados, com refrigeração e inspeção da Adagri. A temperatura desses armazéns fica entre 2° e 8° C, e todos os lotes recebem uma vistoria rigorosa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Após este processo, as vacinas são encaminhadas para as lojas de produtos veterinários credenciadas, onde ficam à disposição dos criadores”, conforme explica o gerente local da Ematerce, Francisco Erivaldo Barbosa. Zona Livre O Cariri manteve bons resultados de imunização. O êxito das campanhas contra a febre aftosa na região é fruto, principalmente, da parceria da Seapa, Adagri e o apoio da Ematerce com os empresários do ramo agropecuário e pecuaristas. O Ceará foi reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre internacional de febre aftosa com vacinação em maio de 2014. A primeira etapa foi realizada em maio desse ano e atingiu 93,56% da meta. A vacinação do rebanho permite ao Ceará negociar com outros Estados e até com outros países, tanto animais, quanto carne bovina e produtos derivados. Centro-Sul Os criadores do Centro-Sul podem adquirir a vacina em oito pontos de revenda na região, no valor de R$ 20 o tubo contendo dez doses cada. De acordo com a unidade da Adagri da região, existem aproximadamente 144 mil cabeças de gado. Desse total, o órgão espera imunizar 95% do rebanho. Na primeira etapa da campanha, a meta era imunizar 90% da criação. No entanto, a expectativa foi superada, conseguindo superar os 94%. Febre aftosa A doença causa febre e aftas na boca e pés dos animais. A febre aftosa é uma doença viral de alto contágio e pode ser transmitida por meio do contato direto com o animal. O vírus também pode ser transmitido por alimentos, água, veículos onde são transportados e também pelos humanos que cuidam dos animais e que podem levar os vírus em suas mãos, roupas ou calçados e infectar animais os sadios. A prevenção da doença é feita por meio de vacina obrigatória aplicada de seis em seis meses. A vacina é aplicada na dose de 5ml por animal e a partir de um dia após o nascimento, segundo o médico veterinário, Francisco Rosefran Lins. Devido o alto poder de difusão da doença, o principal efeito da febre é na economia. Os países estabelecem resistentes bloqueios à entrada de animais vulneráveis e seus produtos provenientes de regiões com ocorrência da febre aftosa. Esses bloqueios têm efeitos negativos sobre a pecuária e toda a economia do País, com graves consequências sociais. Mais informações: Adagri Juazeiro: (88) 3523-7832 Adagri Iguatu: (88) 3581-7835 Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura: (85) 3241-0114 Fonte: Diário do Nordeste  
Zeudir Queiroz

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