O número de pessoas que superam a covid-19, no Ceará, não para de crescer. O dado positivo segue o mesmo caminho otimista dos indicativos de novos contaminados e óbitos, que estão traçando uma queda, mesmo com a maioria das cidades do Estado em processo de afrouxamento das medidas de combate ao vírus. O território governado por Camilo Santana já mira os 170 mil curados.
Porém, médicos chamam a atenção para outras doenças e condições que podem agravar a situação de quem é exposto à covid-19, como altos teores de colesterol. O Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM) é referência no tratamento de doenças do coração e alerta para os riscos desse quadro. Especialistas da unidade reforçam que a adoção de um estilo de vida saudável é fundamental para prevenir o problema.
Dividido em dois tipo, o LDL e o HDL, o colesterol é uma gordura produzida pelo organismo que desempenha funções essenciais no corpo humano. Quando está em excesso, o LDL, popularmente chamado como “ruim”, pode causar o acúmulo de placas de gordura nas artérias (aterosclerose), que dificultam ou impedem a passagem do sangue.
Colesterol mata
“A aterosclerose é silenciosa, leva a obstrução dos vasos sanguíneos e é uma das maiores causas de mortes do mundo. Muitas vezes, o primeiro sintoma que aparece já é fatal, como o infarto agudo do miocárdio e o AVC (Acidente Vascular Cerebral). Ambos acontecem quando há um bloqueio no fluxo sanguíneo”, alerta o cardiologista Glauber Gean Vasconcelos, coordenador do Serviço de Cardiologia do HM.
Para diminuir a quantidade deste tipo de colesterol ruim, o cardiologista diz que é fundamental elevar a quantidade do bom. “O HDL faz uma espécie de limpeza nas artérias, removendo o LDL depositado e diminuindo, portanto, a formação das placas de gordura e consequentemente as suas complicações”, explica.
Para proporcionar este equilíbrio, reduzir os riscos e regular as taxas desses dois tipos de substâncias, o cardiologista recomenda a adoção de hábitos saudáveis baseados em três pilares: prática regular de atividade física, alimentação balanceada e controle do estresse.
Coronavírus
A manutenção da saúde, em todos esses aspectos, é necessária para que uma possível infecção pelo Sars-CoV-2, causador da covid-19, não seja fatal. Prova disso são os índices que apontam a quantidade de falecidos que possuíam alguma comorbidade, além do novo coronavírus.
Segundo dados do IntegraSUS, quase 40% dos 8.076 mil óbitos, registrados até a noite de ontem, foram de pessoas com alguma doença adicional além da infecção viral em si. Desses, 2.067 vítimas eram portadoras de doenças cardiovasculares crônicas, que podem estar diretamente ligadas ao estilo de vida e às taxas de colesterol.
Há vagas
Em todo o Ceará, as vagas em hospitais já não são escassas como há algumas semanas, quando o Estado passava pelo pico da epidemia. A média geral de lotação nas unidades de saúde que tratam pacientes com o novo coronavírus, no território cearense, é de 58,97% para Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Para as vagas em enfermarias, a situação é ainda mais promissora, já que apenas 34,22% dos leitos ativos estão com doentes.
Esses mesmos índices, em Fortaleza, são de 57,41% em UTIs e 48,22% em unidades de assistência não intensiva. Os dados que o Governo do Ceará emite, a partir de boletins no sistema virtual IntegraSUS, apontam que o interior do Estado está com um bom número de vagas disponíveis.
Caiu!
O índice de letalidade da nova doença continua caindo. Depois de já ter superado a casa dos 7%, os dados atualizados chegaram a 4,2%. O Estado contabilizou, até ontem, 192.652 mil casos da covid-19, dos quais 164.954 evoluíram positivamente e entraram na lista de recuperados. Todavia, a doença ceifou a vida de mais de 8 mil habitantes da terra do sol.
Fonte: https://www.oestadoce.com.br/
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