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Governo realiza estudo para ampliar Porto do Pecém

A proposta de ampliar a planta do terminal é expandir o número de berços de atracação para navios contêineres, dois para granéis sólidos, como carvão mineral, para a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP)
A proposta de ampliar a planta do terminal é expandir o número de berços de atracação para navios contêineres, dois para granéis sólidos, como carvão mineral, para a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP)

As obras da segunda etapa da expansão do Porto do Pecém ainda nem foram concluídas, mas o Governo do Estado antecipou-se e já contratou estudos para elaboração de projeto para a realização de uma terceira fase se ampliação do terminal portuário, em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana.

Com o fim do “sonho” da refinaria e a perspectiva de incremento das atividades da Zona de Processamento de Exportações (ZPE Ceará), como novo polo indutor de desenvolvimento do Estado, o porto ganhará novas dimensões, novos equipamentos e estruturas para atender as exigências que se avizinham.

A terceira etapa de expansão do Porto do Pecém prevê a construção de novos berços, de mais píeres de atracação de navios, bem como a construção de uma planta industrial de regaseificação em terra.

A ampliação do terminal foi confirmada pelo presidente da Cearáportos, empresa que administra o Porto do Pecém, Danilo Serpa. De acordo com ele, os estudos técnicos para a elaboração do projeto estão sendo feitos há 40 dias, por meio de uma consultoria contratada com o Porto do Rotterdam, localizado na Holanda.

Serpa não revelou o investimento previsto, nem o total de píeres que serão construídos, mas antecipou que a proposta é expandir o número de berços de atracação para navios conteineiros, dois para granéis sólidos, como carvão mineral, para a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), além de fertilizantes, milho e soja, produtos com os quais o porto também projeta operar no futuro próximo.

Regaseificação

Conforme explicou Serpa, a nova planta de regaseificação de gás natural será construída em terra. A tendência, embora não confirmada, é que venha a substituir a atual existente, o navio de resageificação Goulart Spirit, ancorado há vários anos no Porto do Pecém, onde ocupa um berço inteiro de atração. Assim como a expansão do porto, a nova planta de gás natural servirá para atender a todas as indústrias e termoelétricas atualmente instaladas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), a ZPE, bem como os demais empreendimentos previstos e em prospecção pelo governo estadual, para implantação na região, além do próprio terminal.

Serpa explica que a expansão é uma necessidade premente e que deve ser projetada com antecedência, tendo em vista a ampliação do canal marítimo do Panamá, o que irá exigir maior estrutura do Porto do Pecém para atender a demanda e o fluxo de navios que transitarão pela costa do Ceará, seja trazendo ou levando produtos para outros países.

‘Joia rara’

Ele ainda informou que, em visita recente ao Porto de Rotterdam, onde esteve tratando da consultoria para o projeto de expansão do Pecém, a opinião de especialistas portuários holandeses é de que “vocês (o Ceará) tem uma “joia rara”, numa referencia ao potencial do porto, diante das oportunidades de incremento do Cipp e da ZPE Ceará.

Serpa explicou que, além de expandir, o projeto também busca otimizar as otimizar a movimentação de cargas no porto, de chegada e saída de navios, principalmente a partir da atração de novas rotas nacionais (de cabotagem) e internacionais. A parceria com o Porto de Rotterdam foi escolhida, segundo ele, pela experiência dos holandeses de mais de 700 anos no setor marítimo e portuário.

A previsão é que a nova fase de expansão seja concluída em três anos, após a conclusão do projeto executivo. A partir de agora, os consultores visitarão o Pecém a cada 60 dias.

Fonte: Diário do Nordeste

Zeudir Queiroz