Na madrugada de ontem, 5, o município de Pires Ferreira, a 312,9km de Fortaleza, registrou uma chuva de 91mm, foi o maior índice pluviométrico do dia e a primeira chuva do município em 2015. Com relação às últimas chuvas que caíram no Estado, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) indica a influência da Zona de Convergência Intertropical, atuando praticamente em quase todas as regiões do Ceará, como Ibiapaba, Cariri, Sertão Central, Inhamuns e Jaguaribana.
Segundo o presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins, a tendência é que o índice pluviométrico do Ceará melhore nos meses de março, abril e maio, principalmente, na região do Cariri. “Mas é uma tendência de mudança no inverno deste ano e não uma certeza”, lembrou Martins.
De acordo com os dados pesquisados pela Fundação, o Centro e Norte do Estado deverão continuar secos, a menos que haja uma mudança. “Nós estamos dando essa esperança de melhora do inverno nos meses de março, abril e maio, devido aos dados coletados nas regiões Sul e Cariri. Entretanto, não estou afirmando que tudo está normal, porque vai depender de resultados que ainda estão sendo coletados”, ponderou Martins.
O presidente da Funceme afirmou que outra pesquisa, referente a março, abril e maio será liberada na próxima semana. A divulgação, no entanto, vai depender dos resultados meteorológicos de outros centros nacionais e internacionais.
RACIONAMENTO
Apesar de indicar uma melhora no inverno, Martins recomentou, principalmente em Fortaleza, que o uso racional da água deve continuar. “Os estoques estão baixos, com reservatórios secos, quase secos, com 10%, e a média em 20%. Os estoques mais baixos são do Sertão Central e Inhamuns”, apontou.
O Açude do Castanhão, responsável pelo abastecimento de Fortaleza, está com 23.97% de sua capacidade total. De acordo com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), esse percentual, diante dos prognósticos de chuva apresentados para o Estado, garante o abastecimento da Capital e do vale do Jaguaribe até o início de 2017.
Apesar da garantia de abastecimento, Pedro Eymard, coordenador de Pesca e Aquicultura do Centro de Pesquisa em Aquicultura do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), alerta para a prolongada estiagem no Ceará. “A reserva atual de água do Castanhão é suficiente para abastecer Fortaleza por dois anos. Agora, é preciso destacar o que falta aqui. Estamos no quarto ano de seca (2012, 2013, 2014 e agora 2015). Diferente de 1915, que foi um ano isolado de seca, este será o quinto ano do Castanhão sem recarga satisfatória”.
SECA
Conforme a Cogerh, o governador Camilo Santana esteve em Brasília na última terça-feira (3) em reunião no Ministério de Integração Nacional, com a presença do secretário de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira. Eles apresentaram ao ministro um planejamento especial de ações de combate e prevenção para a convivência com o semiárido e pediram apoio do governo federal para executar ações e campanhas para combater o problema no Estado.
Além disso, todos os processos que já estavam em andamento continuam em execução, como a instalação de cisternas de placa, de adutoras emergenciais e de engate rápido, a perfuração de poços profundos, a construção de novas barragens e a ampliação da operação carros-pipa do Exército e do Estado.
Fonte: O Estado CE
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