Chove em 125 municípios do Ceará nesta sexta-feira (20). Conforme a Fundação Cearense de Meteorologia e de Recursos Hídricos (Funceme), as maiores precipitações estão concentradas nas regiões do Cariri e Sul Jaguaribana, no sudeste do Estado.
Tempo nublado e agradável para que circula no centro da cidade de Russas. (Foto David Oliveira)
Os maiores registros de chuvas foram em Nova Russas (145 milímetros), Graça (132mm), Carius (132mm), Pedra Branca (115mm) e Crato (112mm). Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), o máximo de chuvas registradas foram em Pacatuba (36mm) e Maranguape (32mm).
Os dados compreendem chuvas registradas entre 7h da última quinta-feira (19) e 7h desta sexta-feira. Na última quinta-feira, os maiores registros foram nos municípios de Barro (167mm – a maior registrada em dezembro), seguido de Abaiara (122mm) e Milagres (120mm).
Pré-estação começa com chuvas
Segundo a Funceme, começou no último fim de semana o período que antecede a quadra chuva. “A pré-estação é o período que antecede o período principal, que é entre fevereiro e maio. A pré-estação é caracterizado por um baixo volume de chuvas entre dezembro e janeiro, mas há a possibilidade de mais chuvas”, afirmou o meteorologista da Funceme, Raul Fritz.
“As chuvas de dezembro começaram no último fim de semana (entre os dias 14 e 15), batendo com o que era previsto. A região mais beneficiada foi a região do Cariri, que estava em situação crítica durante o ano inteiro, sofrendo os efeitos da seca”, falou o meteorologista.
Ainda conforme Raul Fritz, as chuvas da pré-estação são resultado de uma faixa de umidade e nebulosidade do centro do País e de um fenômeno fenômeno denominado vórtice. “Existe um fenômeno que estava atuando na zona central do País, a Zona de convergência do atlântico sul, que chega até a Amazônia, e ela agora alcançou uma altitude mais baixa, no Nordeste. Ela forma muita chuva. Aliado a isso, formou-se um vórtice ciclônico de altos níveis no Oceano Atlântico“, explicou.
Segundo a Funceme, há previsão de mais chuvas, a partir da criação de mais vórtices. “No centro do vórtice, não há chuvas. Se ele for formado e se posicionar no centro do Estado, não deve haver chuvas. Não existe previsibilidade de quantos vórtices podem ser formados. Temos anos que em janeiro há muitos vórtices, mas anos que se formam apenas 1 ou 2”, falou.
Fonte: Diário do Nordeste
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