Um vídeo em que um policial militar aparece agredindo uma mulher no rosto na avenida Beira Mar, em Fortaleza, está sendo divulgado nas redes sociais. Segundo informações preliminares, a mulher que aparece sendo agredida pelo policial teria sido vítima de furto no local e estaria contestando a demora na atuação da Polícia.
O policial militar, identificado como capitão Allan Kardec, do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur), se exaltou e reagiu com uma tapa no rosto da vítima. A Secretaria da Segurança Pública do estado (SSPDS) informou em nota que a ação vista no vídeo não condiz com a formação dos agentes das forças de segurança e que o referido policial militar foi afastado de suas funções até que o caso seja apurado.
O caso foi repassado para a Controladoria Geral de Disciplina (CGD) que, por meio de nota, comunicou ciência e informou que irá instaurar procedimento disciplinar para apurar o fato.
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), por sua vez, através da Comissão da Mulher Advogada, manifestou repúdio à atitude do policial militar que, “de forma truculenta, agrediu, na noite de ontem, uma cidadã na Av. Beira Mar”. “A Polícia Militar não pode albergar em seus quadros e colocar nas ruas um servidor com tal despreparo para sua principal missão que é cuidar e defender a população cearense. A OAB irá acompanhar a apuração dos fatos e exigir a responsabilização do agressor, esperando que o mesmo responda pela sua violência institucional”, disse a nota.
O POVO Online entrou em contato com a promotora Flávia Unneberger, coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais e Controle Externo, pra falar sobre o caso, mas ainda não obteve resposta.
Veja vídeo:
MPCE
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) informou, em nota, que tomou conhecimento do vídeo que circula nas redes sociais. O órgão diz que, “tão logo as imagens chegaram ao conhecimento da Instituição”, o fato foi levado à Controladoria Geral de Disciplina (CGD) e ao Comando Geral da PM para as providências pertinentes.
“As imagens serão analisadas e os fatos ocorridos serão investigados através dos procedimentos de apuração próprios do Estado de Direito com absoluta isenção e adoção das medidas que se mostrem cabíveis ao final da apuração.
A Instituição reafirma sua obrigação de permanecer vigilante quanto a excessos e eventuais ilicitudes nas condutas de agentes públicos, embasando suas ações em investigações isentas em respeito aos princípios da legalidade e dignidade da pessoa humana”, completa o MPCE.
Fonte: http://www.opovo.com.br/
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