Veja como aconteceu o emocionante encontro da repórter Marina Alves e sua irmã

Apesar de viver 30 anos sem saber da existência da irmã, a jornalista Marina Alves chegou a ser atendida por ela, a técnica de enfermagem Lumara Sousa, antes de ambas descobrirem o parentesco. O encontro aconteceu no início do tratamento da comunicadora contra o linfoma, tipo raro de câncer, do qual foi diagnosticada em agosto do ano passado, que atualmente está em remissão.
Apesar de a profissional de saúde já seguir a repórter da TV Verdes Mares nas redes sociais e ter enviado mensagens de apoio a ela, o primeiro contato pessoalmente foi uma coincidência. A técnica atuava no banco de sangue do hospital onde a jornalista estava internada. As irmãs trocaram olhares em um momento delicado, quando Marina foi transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
  • Me chamaram [apara atendê-la] porque ela estava precisando de uma transfusão de plaquetas. Foi muito emocionante. Eu estava perto da cama dela e ela olhava para um lado e para o outro, quando ela fixou o olhar no meu, levantou a cabeça e me reconheceu”.
Foi durante a campanha para encontrar um doador de medula compatível com Marina que as duas se aproximaram. Sensibilizada pelo caso, a profissional da saúde se cadastrou no banco de doadores, e chegou a informar a jornalista sobre a atitude através das redes sociais. Quando realizou os exames para verificar se era compatível, o resultado positivo surpreendeu ao revelar haver um grau de parentesco. “É tudo muito novo, mas foi muito bom [descobrir ter outra irmã]. Foi maravilhoso ter conhecido a Marina. O carinho por ela a cada dia só aumenta mais”, conta Lumara.
A novidade pegou as duas de surpresa, mas também renovou a fé de Marina, que estava abalada e desesperançosa em encontrar um doador compatível, pois, até então, acreditava ser filha única. “Isso renovou a minha fé, a minha esperança de que poderia dar certo”.
– Estou muito feliz de saber que tenho uma irmã, e saber que ela vai ser minha doadora e vai salvar minha vida. Ela também demonstra estar muito feliz em saber que tem uma irmã e que pode salvar a vida dela. Então, assim, as coisas estão se entrelaçando, o laço está sendo construído”.
Antes mesmo de saberem uma da outras, a semelhança física entre a profissional de saúde e a comunicadora era alvo de comentários por parte de conhecidos da técnica de enfermagem desde que a repórter começou a atuar em telejornais. Encontro ‘não foi por acaso’ As irmãs acreditam ser obra divina as coincidências que as levaram a se encontrarem após 30 anos, principalmente em um momento em que uma delas precisa da ajuda da outra. A sequência de acontecimentos também tem sido usada como fonte de força e confiança em um desfecho positivo. “A minha sensação, depois dessa história de descobrir minha irmã e tudo, é como se Deus já tivesse preparado um script, então é só entregar e confiar. Quando vem o medo e vem a ansiedade, penso dessa forma: ‘Deus caprichou tanto, fez tudo de forma tão maravilhosa, trazendo a minha irmã nesse momento, então, Ele não vai me deixar cair ou desistir’, e isso me traz uma confiança maior”. “Nada é por acaso, ninguém é colocado na vida de outra pessoa, por acaso, principalmente em um momento desse. E eu sempre dizia para a Marina: ‘Deus tem algum propósito na nossa vida, porque nós não fomos colocadas uma na vida da outra neste momento por um acaso’”, revela Lumara.
Marina se internou em uma unidade hospitalar na última segunda-feira (28), onde deve permanecer realizando tratamentos que preparam o corpo para receber a nova medula óssea, doada pela irmã. O transplante está previsto para acontecer na próxima terça-feira (5). A proximidade da data marcada para o procedimento com o aniversário da Marina, que acontece no dia 11 de abril, e a Semana Santa, período da tradição cristã que celebra a paz, morte e ressurreição de Jesus Cristo que, neste ano, começa a partir do próximo dia 10, também é apontada como um sinal positivo pela técnica de enfermagem. “Estamos em um tempo de Quaresma, de renovação e de ressurreição de Cristo. E para a Marina [o transplante] vai ser uma renovação de vida”, frisa
Casada e com duas filhas, Lumara ainda possui duas irmãs por parte de mãe. Segundo a técnica de enfermagem, a repórter já faz parte da família e a relação entre as duas só se fortalece a cada dia. Marina conta que, após saberem do parentesco, o relacionamento das duas vem crescendo. “Apesar do tempo perdido a gente tem ficado bem próximas nesses dias, se falando obviamente mais por telefone, pelas redes sociais, porque como eu estou em tratamento preciso ter um cuidado maior. Mas assim, a gente já vem construindo uma relação bacana, bem forte, principalmente com a doação”, detalha a comunicadora. Após o resultado que apontou uma compatibilidade de 50%, as duas se encontraram pessoalmente pelos menos três vezes, em uma delas, Marina pode conhecer o companheiro e as duas filhas da irmã. “Já disse para a Marina que ela mora no meu coração e eu no dela. Ela já faz parte da minha família, minha família já é dela também. O que estou fazendo, faria tudo novamente por ela, se fosse preciso. É amor de irmãs! Apesar da gente não ter tido um convívio durante todos esses anos, mas não há nada que daqui para frente a gente não recupere. E se Deus preparou esse momento agora, é que nós temos que viver o agora, e não esses 30 anos que passaram”. LUMARA SOUSA-Técnica de Enfermagem Importância da doação – “Essa campanha que foi feita para a Marina não ajudou só ela, mas muitas pessoas. Milhares de doadores se cadastraram no banco para poder salvar outras vidas. É importante que as pessoas continuem, não deixem a campanha parar, pois quando você faz um tipo de doação dessa não está ajudando só um paciente, mas uma família inteira”, alerta a técnica de enfermagem.
Fonte: https://www.blogdolauriberto.com/
Zeudir Queiroz

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