Usuários apontam risco de acidentes no corredor de ônibus da Bezerra de Menezes

08 de maio de 2015. Falta de estrutura no corredor de onibus da Avenida Bezerra de Menezes  - Cidade - 09ci0306  -  FABIANE DE PAULA
08 de maio de 2015. Falta de estrutura no corredor de onibus da Avenida Bezerra de Menezes
– Cidade – 09ci0306 – FABIANE DE PAULA
Os incidentes acontecidos durante as últimas semanas no Corredor Expresso Fortaleza, na Avenida Bezerra de Menezes, levantam a questão sobre a segurança dos usuários e a necessidade de mais orientação sobre a utilização do novo equipamento. Inaugurado no último dia 18, a área que compõe o corredor já foi cenário da morte de uma mulher de 74 anos, que sofreu uma parada cardíaca após ser atropelada por um ônibus, no dia 4. Na noite da última quinta-feira uma motocicleta colidiu com um ônibus, no cruzamento da avenida com a Rua Justiniano de Serpa. Já no dia 29 de abril, um ônibus acabou preso em um buraco, logo depois da pista ceder, o que interditou o corredor exclusivo para coletivos, na altura do Instituto dos Cegos. As várias ocorrências em tão pouco tempo após a inauguração do aparelho já fez com que os usuários lhe dessem o apelido de “corredor da morte”. Em cada estação, as reclamações sobre a nova estruturam só aumentam, assim como a sensação de insegurança e insatisfação daqueles que passaram a tomar os ônibus nos corredores centrais. “Aqui, falta muita segurança para quem vem pegar os ônibus. Colocaram os corredores, mas não orientaram bem nem os pedestres nem os motoristas dos carros e dos ônibus. A pista é muito grande e agora temos que prestar atenção em muitas coisas ao mesmo tempo para chegar até a parada”, conta a doméstica Lúcia Oliveira. As pessoas cobram, ainda, mais fiscalização e orientação. “Falta uma sinalização melhor e não tem ninguém pra informar nada ou controlar o fluxo das pessoas. Não há um acesso fácil para um idoso ou uma pessoa com cadeira de rodas. Agora eles precisam percorrer uma distância longa pra conseguir chegar na parada”, reclama Alessandro Oliveira, cuidador de idosos. Na tarde de ontem, a reportagem percorreu as estações do corredor, várias delas lotadas. Muitos utilizam ainda as ciclovias para caminhar, disputando espaço com as recorrentes bicicletas. Apenas na estação North Shopping havia dois agentes da Operação Via Livre auxiliando os usuários. O presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Antônio Ferreira Silva, informou que há agentes orientando as pessoas sobre o uso da faixa de pedestres e que o órgão já está trabalhando para minimizar os problemas. “É um corredor exclusivo para ônibus, uma novidade na cidade, por isso precisa de um tempo para as pessoas se acostumarem. Pedimos que as pessoas prestem atenção em utilizar as faixas de pedestre e ocuparem os espaços destinados à circulação somente de pedestres”, esclarece. O secretário municipal de Infraestrutura, Samuel Dias, reitera o caráter de novidade da estrutura. “O pedestre estava acostumado a um layout que mudou, e a mudança é importante. O acesso é totalmente garantido pelos sinais de trânsito e semáforos. O acesso ao ônibus vai melhorar ainda mais em junho, quando as estações de embarque expresso serão entregues e estão na altura da porta do ônibus. Reconhecemos, contudo, que este é um projeto piloto, portanto estamos em constante observação, para que mais melhorias sejam feitas”. Enquete Como você avalia a estrutura? “É muito desorganizado. Falta mais orientação para as pessoas, porque aqui é muito lotado e corre-se o risco de o ônibus atropelar alguém. É preciso também fixar as paradas dos ônibus, para evitar correria” Joelina Martins Educadora de saúde “Não tem segurança. Ficou mais difícil para atravessar a rua e chegar até aqui. Ontem mesmo vi um jovem quase ser atropelado por um ônibus, porque não tem nada nem ninguém que indique o posicionamento” Ednardo Peixoto Representante comercial Ranniery Melo Repórter Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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