Eleições 2024

Subtenente presta depoimento e nega ter matado o filho

Segundo delegado, o militar, preso desde o dia 12, forneceu informações que divergem do depoimento da esposa

Militar negou todas as acusações feita pela esposa
Militar negou todas as acusações feita pela esposa

O subtenente do Exército Brasileiro (EB) Francilewdo Bezerra Severino, preso e internado desde o último dia 12 na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Geral do Exército, prestou depoimento na tarde desta sexta-feira (28) naquela unidade hospitalar.

De acordo com o delegado Wilder Brito Sobreira, titular do 12º DP (Dias Macêdo) e presidente do inquérito que investiga a morte do filho do subtenente, o menino Lewdo Ricardo Coelho Severino, de nove anos, o militar negou todas as acusações.

“Ele nega veementemente toda a versão da esposa, nunca a espancou, não matou o filho e nem tentou contra a própria vida. Ele traçou toda a rotina dele durante o dia e a partir de agora temos outras hipóteses a trabalhar”, afirmou.

Segundo Wilder, o “estado de saúde dele é bom e os médicos deram apoio, criando uma ambientação para ouvi-lo sossegado, mesmo estando na UTI”.

A versão dada pela esposa do militar, a dona de casa Cristiane Renata Coelho Severino, foi contrariada pelas informações fornecidas por Francilewdo, de acordo com o delegado. A mulher está em Recife, Pernambuco, cidade onde nasceu, acompanhada de familiares.

“Não vamos deixar de trabalhar qualquer que seja a hipótese. Se me perguntar se eu acreditei piamente no depoimento do Francilewdo, vou dizer que o ouvi como técnico, como pessoa que está acostumada a investigar crimes. Mas eu  observo nas lacunas que diferenciam do depoimento dela e posso tirar como prova ou indício de prova do que ele e ela disseram”, apontou.

O crime aconteceu na residência da família, no conjunto Napoleão Viana, bairro Dias Macêdo. Na madrugada do dia 12, o menino foi encontrado morto na casa e o homem levado inconsciente para o hospital. Os dois haviam ingerido chumbinho, agrotóxico proibido usado para matar ratos.

A mulher disse à Polícia que o marido a havia obrigado a ingerir clonazepam, anticonvulsivo de tarja preta e, depois, teria matado o filho e tentado suicídio. Mesmo internado, Francilewdo foi preso em flagrante.

Fonte: Diário do Nordeste

Zeudir Queiroz