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Servidores municipais de Fortaleza decretam estado de greve em assembleia

Servidores realizaram caminhada no Centro da Capital nesta segunda, reivindicando, entre outras pautas, reajuste salarial ( Foto: Divulgação / Sindifort )
Servidores realizaram caminhada no Centro da Capital nesta segunda, reivindicando, entre outras pautas, reajuste salarial ( Foto: Divulgação / Sindifort )

Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (26), os servidores e empregados públicos municipais de Fortaleza, através do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort) deliberaram estado de greve geral para todas as categorias. Em ato paralelo ao liderado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiúte), a assembleia foi instaurada após marcha da Praça da Bandeira até o Paço Municipal.

Além dos professores, que já estão se manifestando desde novembro de 2015, odontólogos e enfermeiros do Programa Saúde da Família (PSF) e, por exemplo, já haviam paralisado parcialmente os trabalhos. Na próxima segunda-feira (29) deve ocorrer nova reunião com Prefeitura, prevista para as 14h, prazo dado pelo Sindifort para recebimento de nova proposta. Uma assembleia geral do sindicato, por sua vez, acontece na proxima quarta-feira para discutir as propostas da Prefeitura.

De acordo com o diretor do Sindifort, Eriston Ferreira, o sindicato deve recorrer, ainda, da decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), que determinou, na última quinta (25), como sendo ilegal a greve dos professores. Ele considera a ação da desembargadora Maria Iraneide Moura Silva, um “ato totalmente ditatorial”, esclarecendo que ela “está negando um direito legal do professor.

A juíza do TJCE exigiu o retorno imediato dos professores sob pena de multa de R$ 100 mil por dia caso desobedeçam a decisão. Por sua vez, a categorias incorporou o direito de greve às pautas da greve.

É reivindicado índice de reajuste de 19,46%, o que equivale a recuperar o poder de compra que os servidores e empregados públicos tinham em maio de 2008. A Prefeitura, por sua vez, ofereceu proposta de reajuste parcelado de 11,43%, o que conforme o Sindifort, não repõe nem mesmo a inflação de 2015. Este valor teve como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Além do reajuste, a Campanha Salarial de 2016 também reivindica a garantia do pagamento das aposentadorias e pensões pelo IPM-Previfor; o fim da terceirização com a realização de concursos públicos; implantação do Piso Nacional e do Plano de Cargos, Carreiras e Salários para os agentes de saúde e de endemias; que seja assegurado no Programa Habitacional da PMF um percentual das moradias construídas para os servidores que não possuem casa própria; e o cumprimento do Piso Nacional do Magistério.

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/

Zeudir Queiroz