Servidores de Ubajara, Canindé, Caucaia, Crateús e Camocim integram mobilização em defesa de 30 horas semanais
A partir desta quarta-feira, 29, servidores de cinco campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE), fazem paralisações pedindo revogação de portaria assinada pela Reitoria da instituição modificando a jornada de trabalho de 30 para 40 horas semanais. Além da ação nas cinco unidades, o campus de Limoeiro do Norte segue em estado de greve com o dia 6 de novembro como prazo para negociação.
Quem paralisa os serviços na mobilização são, em maior parte, técnicos administrativos, conforme explica o professor Marcelo Marques, integrante da diretoria colegiada do Sindicato dos Servidores do IFCE (SINDSICE). A categoria dos docentes também é representada pelo sindicato, mas não adere às paralisações neste momento. Amanhã, o campus de Ubajara inicia paralisação de dois dias.
Canindé, Caucaia, Crateús e Camocim também resolveram reivindicar a inclusão de mais técnicos à jornada de 30 horas semanais. Segundo Marques, a jornada agora defendida havia sido uma conquista de greve realizada em 2012 para servidores de todo o Estado. Com a portaria assinada pela Reitoria, são poucos os técnicos com acesso a esta jornada.
A categoria pede mais inclusão dos servidores no regime, tendo como referência portaria do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), priorizando as 30 horas semanais. “O critério para quem trabalha 30 horas é de quem faz atendimento público e quem trabalha à noite. Em São Paulo, eles expandem o conceito de público para quem lida com o público interno e o externo. Aqui é o contrário. É incluído apenas quem lida com os estudantes. Criam-se subsetores para dificultar este acesso”, afirma o professor.
O sindicato segue marcando assembleias e convocando as comunidades acadêmicas para debater o tema. No campus de Fortaleza, a previsão é de uma assembleia no dia 7 de novembro. Em Limoeiro do Norte, os servidores decidiram declarar estado de greve desde a última quinta-feira. Eles estabelecem o dia 6 de novembro como limite para que a Reitoria dialogue com a categoria. Após esta data, os servidores devem entrar em outra fase de mobilização.
O POVO Online tenta, desde o início da tarde, entrar em contato com a assessoria de imprensa da Reitoria do IFCE. Nenhuma ligação foi atendida até as 17 horas.
Mobilização
Na semana passada, servidores de dois campi fizeram paralisações. Limoeiro do Norte e Tabuleiro do Norte pararam as atividades na terça-feira, 21. À época, a direção do IFCE havia enviado nota explicando não haver elevação na jornada, sendo 40 horas semanais o regime dos servidores técnico-administrativos dos institutos federais.
“No Ceará, a reitoria do IFCE buscou adotar o regime de 30 horas, mas, por recomendação da Controladoria Geral da União (CGU), teve de publicar portaria estabelecendo critérios para a flexibilização dessa jornada”, dizia a nota.
Calendário das paralisações
IFCE Ubajara – 29 e 30 de outubro
IFCE Caucaia – 3 a 5 de novembro
IFCE Canindé e IFCE Camocim – 3 e 4 de novembro
IFCE Crateús – 4 a 6 de novembro
IFCE Limoeiro do Norte – em estado de greve até 6 de novembro
Fonte: O Povo
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