Segundo a Secretaria dos Recursos Hídricos do Estado (SRH), a medida tem como objetivo economia de, no mínimo, 20% de água em Fortaleza
A crise hídrica pela qual passa o Ceará — com cinco anos seguidos de seca — já faz o Governo do Estado pensar em data para um eventual racionamento de água de Fortaleza. De acordo com Francisco Teixeira, secretário dos Recursos Hídricos (SRH), é previsto para agosto um processo de economia de 20% de água na Capital.
“Nós entramos, no mais tardar em agosto, num processo de racionalização do uso da água para obtermos uma economia de, no mínimo, 20% da água demandada e ofertada para Fortaleza”, afirmou Teixeira em entrevista à TV Verdes Mares ontem.
Questionada pelo O POVO a respeito da fala do secretário sobre o tema, a assessoria de comunicação da SRH afirmou que a racionalização citada por Teixeira é um “aprofundamento nas medidas de economia de água”. Porém, essas medidas não necessariamente significavam racionamento, informou a pasta, sem especificar que outras ações seriam essas.
A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) deve entregar até o próximo dia 30 um plano de racionamento para a Capital, para ser aplicado se a medida eventualmente acontecer. Este plano define as diretrizes que devem ser aprovadas pela Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle de Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (ACFor).
Mesmo com o secretário falando em “racionalização do uso da água”, já em agosto, a assessoria de comunicação SRH ressaltou que somente após a entrega e aprovação do plano elaborado pela Cagece será possível falar em data para eventual aplicação da medida.
Cenário preocupante
Maior açude do Estado e principal fonte abastecedora da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), o açude Castanhão está com apenas 8,82% da capacidade. Como a próxima quadra chuvosa — período com maior volume de precipitações — só começa em fevereiro de 2017, a expectativa é que esse número caia ainda mais no segundo semestre de 2016. Há exatamente um ano, o volume do Castanhão era de 20,01%.
Em boletim divulgado pela Cagece no último mês de abril, a redução do consumo de água não havia atingido os 10% de economia de água estipulados pela Companhia. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, a economia observada com a tarifa de contingência foi de apenas um quarto do esperado para o período.
Fonte: http://www.opovo.com.br/
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