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Estudo aponta viabilidade econômica para um novo aeroporto internacional, de cargas e passageiros, a se instalar na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), nas proximidades do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), a 60 km da Capital. O documento foi apresentado ontem pela empresa The Louis Berger Group, especializada em planejamento aeroportuário, com apoio da Agência dos Estados Unidos para o Comércio e Desenvolvimento (USTDA) e em parceria com a Consultoria Project, de Recife, na sede da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece).
A pesquisa ainda é a primeira fase de um processo de negociação que deverá apontar onde se localizará o empreendimento, que tem cerca de 30 possibilidades de sítios. Conforme já havia informado a Adece, o projeto será realizado por meio de Parceria Público Privada (PPP), sem definição de empresas que queiram investir e como será o modelo de participação do Governo e dos interessados.
Além de PPP já estavam sendo cogitados o uso de recursos ou do Tesouro Estadual, ou Federal, ou ambos. “Ficou combinado que nós vamos nos reunir com as secretarias que são responsáveis pela leitura desse estudo e para outros encaminhamentos desse projeto. Então vai ser a Seinfra (Secretaria da Infraestrutura), SDE (Secretaria de Desenvolvimento do Estado), Adece, Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente) e Seplag (Secretaria do Planejamento e Gestão)”, explica Nicolle Barbosa, titular da SDE, afirmando que a reunião acontecerá em 10 dias.
Segundo o secretário da Infraestrutura, André Facó, ainda é necessário se aprofundar em outro estudo, para que critérios dos possíveis sites sejam analisados. “Eles têm de estar distantes de aterros sanitários, têm de ser avaliados critérios de logística, qualquer relação com área ambiental e a parte de segurança. Depois que você vai buscar um detalhamento um pouco maior de qual o valor estimado, tanto das obras do próprio aeroporto quanto da própria infraestrutura necessária. A partir desses levantamentos iniciais é que você estabelece quais são as possíveis alternativas de alocação”, esclarece.
Outro estudo
O próximo passo do Governo será detalhar o estudo de viabilidade técnica em um estudo de concepção para que seja tomada uma decisão a respeito do aeroporto. “Mas infelizmente a gente ainda não tem condição de fazer esse estudo”, complementa Facó.
Para Nicolle, o aeroporto é importante porque o Ceará precisa ser um hub aéreo e marítimo. “Nós temos todas as condições pelo Porto do Pecém de sermos esse hub maritimo. A gente está proximo da Europa, dos Estados Unidos, da África e, com a abertura do canal do Panamá e começo da abertura canal da Nicarágua, vamos estar perto também da Ásia”.
A Louis Bergeré financiada pela USTDA foi contratada pela Adece, em 2012, para elaborar o documento.
Não houve desembolso de dinheiro por parte do Governo do Estado para a realização desse estudo, segundo André Facó. A pesquisa foi de intenção da USTDA, que recebe, anualmente projetos e os financia a fundo perdido.
Assim, disponibiliza recursos para uma cooperação técnica em termo de um acordo de entendimentos e, a partir desse recurso, viabiliza estudos para projetos que o Estado ou que o Governo ache interessante.
Foi feito um termo de cooperação entre as partes envolvidas no projeto e a apresentação do estudo é a conclusão do termo de cooperação com a USTDA.
Fonte: O Povo Online