Estudantes universitários se reuniram na Praça da Gentilândia, localizada nas proximidades do Estádio Presidente Vargas, local de treino da Seleção Brasileira em Fortaleza, para protestar contra a corrupção no País. O grupo, que somava centenas de pessoas, parou o trânsito nas Avenidas Treze de Maio e Domingos Olímpio. O destino da caminhada foi o Marina Park Hotel, onde os jogadores brasileiros estão hospedados.
O grupo chegou próximo ao hotel, onde teve fim a manifestação. A movimentação, porém, foi pacífica e não foram registrados confronto. Por volta das 20h15, as cerca de 200 pessoas que chegaram ao Marina Park começaram a se dispersar.
Segundo um dos organizadores, o movimento, que partiu de estudantes, visa protestar contra os gastos na Copa do Mundo e em solidariedade às vítimas dos confrontos com policiais em São Paulo e no Rio de Janeiro.
“As pessoas, sem partido, ideologia ou chefe, estão mudando a história do Brasil. Está nascendo algo maravilhoso vindo da consciência das pessoas”, disse um dos organizadores acerca da onda de protestos que está vagando pelo Brasil.
Pichações
Durante o trajeto, algumas pichações foram feitas pelo grupo. Quando chegaram em frente ao diretório estadual do Partido dos Trabalhores (PT), os manifestantes gravaram frases como o “O gigante acordou”, referindo-se às manifestações espalhadas por todo o Brasil.
Hino cantado
Entoando gritos como “não quero Copa, nem Castelão, quero dinheiro pra usar na educação” e “não tem dinheiro pra educação, mas tem dinheiro pra roubar no castelão”, os manifestantes ficaram sentados por cerca de 20 minutos nos cruzamentos da AV. da Universidade e da AV. Domingos Olímpio. O hino nacional brasileiro foi cantado pelas centenas de pessoas.
“Tudo no Brasil, se não for feito através de pressão, os políticos não tomam providências. De todo jeito, nós somos enganados, pois não temos saúde, segurança e o que é necessário”, disse um dos motoristas que estava sendo prejudicado com o bloqueamento das vias, concordando com a movimentação.
Protesto pacífico
Um dos policiais que estavam no local afirmou que o protesto é pacífico, ressaltando que não há motivos para entrar em confronto. “O protesto é pacífico. A polícia está acompanhando respeitando todos os lados. É um direito deles até que mantenham sem agressividade”, disse.
Fonte: Diário do Nordeste
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