Reunidos em assembleia, grupo que ocupa o 18º Batalhão de Polícia Militar criticou a proposta do governo; representante dos policiais havia dito que “negociações não são fáceis, mas estão avançando”
Policiais militares amotinados no 18º Batalhão de Polícia Militar (18º BPM) recusaram, na noite desta quinta-feira, 27, os termos provisórios de acordo do governo do Estado para encerrar a paralisação policial que acontece desde o dia 18 deste mês. A proposta, que ainda não está totalmente concluída, inclui revisão dos processos de prisão de policiais que não se apresentaram a serviço para o Carnaval, além da suspensão da abertura de novas penalidades.
Na tarde de hoje ocorreu a segunda reunião da comissão criada entre Executivo, Legislativo e Judiciário para tratar da paralisação. Um dos representantes dos PMs, o advogado e coronel reformado do Exército Walmir Medeiros disse que as negociações caminhavam “em uma velocidade boa”. Ele seguiu para o 18º BPM, onde os termos que já foram acordados pela comissão foram apresentados aos policiais e rejeitados.
Participaram da reunião o procurador-geral de Justiça do Estado, Manuel Pinheiro; o desembargador Teodoro Silva Santos, representando o Poder Judiciário; o procurador-geral do Estado, Juvêncio Viana, falando pelo Poder Executivo; o deputado estadual Evandro Leitão, pelo Poder Legislativo; os representantes dos policiais; e como observadores o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Ceará (OAB-CE), Erinaldo Dantas, e os coronéis Marcos Cesário e Menezes Neto, do Exército.
No momento, entre as principais demandas apresentadas pelos policiais, está a anistia total aos amotinados. Eles exigem, também, que o ex-deputado federal e cabo de polícia Flávio Sabino (Avante) e que a presidente da Associação das Esposas de Policiais do Estado do Ceará (Assepec), Nina Carvalho, estejam presentes às discussões. A próxima reunião está marcada para a manhã desta sexta-feira, 28
Sabino afirmou, em discurso, que caso não aconteça a renovação do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que garante a presença de forças federais na segurança do Estado, mas haja acordo na reunião desta sexta-feira, os policiais amotinados retornarão ao serviço. O presidente Jair Bolsonaro afirmou mais cedo, durante transmissão ao vivo em suas redes sociais, que a GLO “não é eterna”, e que o governador Camilo Santana (PT) deve “resolver esse problema”.
Com informações do repórter Henrique Araújo-O Povo
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