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Em uma operação planejada há meses pela Polícia Civil, a Divisão Anti-sequestro (DAS) e a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) de Fortaleza capturaram, na noite desta quinta-feira (23), em um sítio localizado em Maracanaú, 32 pessoas que seriam integrantes de uma célula no Ceará da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Em coletiva realizada nesta sexta-feira (24) para falar sobre o caso, a polícia informou que, do total de presos, 20 já possuíam antecedentes criminais. Alguns, inclusive, até utilizavam tornozeleiras eletrônicas.
Segundo informações da Polícia Civil, os indivíduos tinham se reunido para planejar ações criminosas no Ceará. A primeira delas seria um ataque a agência bancária do município de Milhã, no sertão central do Estado. Após a abordagem no local, houve uma intensa troca de tiros, mas as forças policiais conseguiram prender 32 pessoas, além de apreender um menor, que já foi liberado. Alguns indivíduos conseguiram fugir e já estão sendo identificados e procurados.
No local, foi apreendida também uma submetralhadora artesanal, uma pistola pertencente à polícia do Piauí, munição 9 mm e 556 (fuzil), além de 600 gramas de cocaína. Chama a atenção também o grau de periculosidade que os capturados na operação da Polícia Civil possuem. Para se ter uma ideia, alguns já respondem a até cinco procedimentos por homicídio, outros por atéoito procedimentos por roubo, além de tráfico de drogas e porte ilegal de armas de fogo. “Infelizmente, temos leis brandas que facilitam a saída de alguns indivíduos muito perigosos”, lamenta o titular da DRF, Raphael Vilarinho.
Procurados
Alguns dos criminosos presos pela Polícia Civil já eram bastante procurados pelas autoridades locais. José Deivan Aquino Oliveira, de 28 anos, conhecido como “pequeno”, por exemplo, responde a cinco procedimentos por porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas, crime de trânsito e estava com mandado de prisão em aberto. Outro conhecido das autoridades é Vagner Medeiros de Freitas (27), o “coiote”, que responde por oito procedimentos policiais por receptação, tráfico de drogas e também roubo de veículos.
Entre os capturados, a polícia informou também que havia criminosos de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rondônia. “As investigações já vinham ocorrendo há alguns meses e se intensificaram a partir do momento em que alguns criminosos atentaram contra prédios públicos. A partir daí, começamos a identificar os indivíduos, esperando o melhor momento para fazer a prisão. Quando recebemos a informação de que eles estariam reunidos neste sítio, fizemos a abordagem”, explica Vilarinho.
Parceria
Segundo testemunhas, mais de dez viaturas estiveram presentes na abordagem da Polícia Civil, em Maracanaú. Segundo o diretor da DAS, Antônio Pastor, isso aconteceu porque foi preciso uma parceria para garantir o sucesso da operação.
“Uma vez que a Roubos e Furtos identificou a situação, ele (o delegado) viu que o caso específico exigia a demanda por uma polícia mais especializada para auxiliá-los na prisão destes indivíduos. Fomos acionados e nos juntamos a eles para abordar o imóvel”, conta. Segundo ele, o armamento utilizado pelas forças policias era muito superior ao dos bandidos. “Nossa intenção era prendê-los e conseguimos, além de evitar que qualquer pessoa fosse ferida no local”, complementa.
Com informações da repórter Márcia Feitosa
Fonte: Diário do Nordeste