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Polícia cearense prende por tráfico jovens universitários filhos de empresários

Presos por tráfico de drogas sintéticas em Fortaleza são universitários de classe média alta, diz polícia (Foto: SSPDS/Divulgação)
Presos por tráfico de drogas sintéticas em Fortaleza são universitários de classe média alta, diz polícia (Foto: SSPDS/Divulgação)

Os 14 presos em uma operação contra o tráfico de drogas sintéticas em Fortaleza têm um perfil comum: eles são jovens de até 30 anos, universitários e de classe média alta, alguns filhos de empresários bem-sucedidos, segundo a diretora da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas da Polícia Civil, Patrícia Bezerra.
O crime é inafiançável, cabe à Justiça decidir se os jovens vão permanecer presos ou não. Nesta quarta-feira (18), a polícia divulgou a prisão dos 14 jovens; sete deles tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva na noite desta quarta. Eles foram transferidos para um presídio em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza.

“O que leva os jovens a esse caminho, a gente realmente não consegue encontrar essa resposta. São pessoas que tiveram e têm todas as oportunidades para seguir um caminho de sucesso, mas optaram pelo tráfico, talvez por desvio de caráter ou porque os amigos façam o tráfico e fazem sucesso”, relata a policial.

Ainda segundo a Polícia Civil, as drogas eram vendidas principalmente em raves, festas que atraem adolescentes da classe média em Fortaleza. As drogas também eram vendidas em outras capitais do Nordeste, segundo a delegada. O mais velho do grupo, formado em engenharia química, foi preso em flagrante quando entregava uma porção de ecstasy no Bairro Dionísio Torres, na véspera de uma festa, segundo a Polícia Civil.

Entre os presos também estão Anderson Linhares de Matos, filho de um coronel do Exército, estudante de direito que iria concluir o curso neste mês; e Dominique Costa neto, estudante de administração e filho de empresários do setor de vidraçaria.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, as drogas chegam a Fortaleza principalmente de estados do Sul do Brasil, por meio de viagens de avião, e da Holanda, enviadas pelos Correios. “Essas drogas são comprimidos, no caso do LSD, são folhas de papel, selo. Então é muito fácil colocar esse selo dentro de um livro, em um envelope, e despachar pelos Correios”, explica Patrícia Bezerra.

Fonte: http://g1.globo.com/

Zeudir Queiroz