Polícia apura venda de carteiras de habilitação falsificadas em Fortaleza

O delegado Jaime Paula Pessoa Linhares afirmou que as investigações apontaram que os documentos são comercializados pelos fraudadores por valores entre R$ 1.220 e R$ 2.000. Três pessoas já foram presas em três meses ( Fotos: Érika Fonseca )
O delegado Jaime Paula Pessoa Linhares afirmou que as investigações apontaram que os documentos são comercializados pelos fraudadores por valores entre R$ 1.220 e R$ 2.000. Três pessoas já foram presas em três meses ( Fotos: Érika Fonseca )
A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), através da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), investiga a venda de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) por grupo criminoso. De acordo com as investigações da Especializada, os documentos são comercializados pelos fraudadores por valores entre R$ 1.220 e R$ 2.000. O delegado titular da DDF, Jaime Paula Pessoa Linhares, afirmou que já realizou três prisões nos últimos três meses. Em todos os casos, os suspeitos são flagrados com as mesmas características irregulares. Os documentos, conforme o delegado, são cópias fiéis dos originais, pecando apenas na numeração. Conforme o delegado, as pessoas presas afirmam que negociam a compra das CNHs com outras pessoas que afirmam trabalhar no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE). “Chama a atenção que nos últimos três meses fizemos a prisão de três pessoas que tiraram essas Carteiras de Habilitação de modo fraudulento. São pessoas que pagam pelo documento sem sequer pisar no Detran, sem fazer exame. Pagam de R$ 1.200 a R$ 2.000 pela Carteira”, disse. Assinatura As investigações apontam que o grupo criminoso realiza as falsificações de CNH da mesma maneira que são produzidas as cédulas de identidade fraudulentas. “As pessoas assinam um papel em branco, mesma prática utilizada na produção do Registro Geral (RG) falso. Fornecem a fotografia, assinam o papel em branco e pagam o valor”, explicou o titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações. Jaime Paula Pessoa Linhares enfatizou que deve-se sempre desconfiar das ofertas de facilidades ou oportunidades de burlar o sistema. Conforme ele, entretanto, a Polícia não acredita que as pessoas presas com os documentos fraudados não sabiam que estavam praticando crime. “Ocorre que é bom chamar a atenção das pessoas que, de uma forma ou de outra, comprar, pagar por uma Carteira Nacional de Habilitação, sem fazer o exame, não existe. É preciso ter consciência de que isso é crime. É necessário fazer exame, seja ele qual for”, alertou. Bltiz A última prisão realizada pela equipe da DDF ocorreu dia 14, no Detran do bairro Maraponga, em Fortaleza. Um homem, que havia tido a CNH recolhida em uma blitz dia 6, foi ao órgão recuperar o documento. Entretanto, ao chegar ao local, os funcionários perceberam que tratava-se de carteira falsificada e acionaram a Polícia. A equipe de inspetores, liderada por Paulo Florentino, foi ao local e prendeu Damião Rodrigues do Nascimento, de 51 anos. O homem responde na Justiça por um homicídio. “Ele alega que a pessoa que vendeu a CNH disse que trabalhava no Detran. Mas não fez nenhum exame. Ele disse que não sabe ler nem escrever. Só o fato de não fazer o exame tem que desconfiar que a CNH tem origem criminosa”, disse o delegado. Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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