Centenas de passageiros foram impedidos de utilizar o transporte público a partir dos terminais da Parangaba, Papicu, Antônio Bezerra, Lagoa e Siqueira, na noite de ontem. Por volta das 21h, os coletivos começaram a ser recolhidos às garagens, o que resultou num cenário de desespero por parte dos usuários, que àquela altura da noite não sabiam como seguir seus caminhos.
>Segunda Delegacia metralhada e oitavo coletivo atacado
De acordo com um funcionário da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) presente no Terminal da Parangaba e que não quis se identificar, o motivo da paralisação foi a série de ataques a ônibus nos últimos dias. Desde o dia 2 de fevereiro, oito ônibus e topiques foram incendiados, sendo o último na noite de ontem, no Grande Bom Jardim.
De acordo com o funcionário do órgão, os motoristas e cobradores dos coletivos têm medo de que os ataques se intensifiquem, por isso decidiram não rodar durante a noite de ontem. O movimento repetiu-se na última quarta-feira (3).
Movimentação
No Terminal da Parangaba, a movimentação de passageiros ainda era grande, por volta das 23h de ontem. Desde que os ônibus deixaram de circular, os usuários tentaram se valer de outros meios para chegar aos seus destinos. Os táxis e mototáxis que passavam pelos arredores do terminal não paravam por muito tempo até serem ocupados. O fluxo de carros e motos particulares se intensificou, em busca de parentes e amigos que os esperavam no terminal.
Ainda a postos à frente do volante, um motorista da linha 395 – Sítio Córrego/Parangaba até o momento não tinha sido informado sobre o ato. “Sei que os ônibus estão paralisando, mas não recebi orientação, então ainda estou pronto para continuar a rota”, disse. Enquanto conversava com a reportagem, contudo, o condutor foi avisado por um colega de que deveria retornar à garagem.
Sufoco
Com a falta dos ônibus, muitos passageiros ainda não sabiam como retornariam para casa. O estudante Gabriel Victor, 16, passou pelo mesmo sufoco na quarta-feira, quando os ônibus também paralisaram no mesmo horário. “Da última vez, acabei indo a pé para casa, no Parque Dois Irmãos. Fui chegar em casa mais de meia-noite. Hoje, acho que vai acontecer a mesma coisa. Estou esperando para ver se consigo uma carona”.
Já o fotógrafo Rodrigo Alves, 32, estava, naquele momento, se encaminhando ao trabalho e também não sabia como seguiria caminho. “Estou preocupado também com a minha namorada, que trabalha no Edson Queiroz e vem nesse horário para a Parangaba. Não sei como ela vai chegar aqui”, diz.
Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
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