Ômicron perde força e Fortaleza apresenta tendência de estabilidade

Taxa de testes positivos caiu em Fortaleza, o que indica menor índice de subnotificação. Na foto, profissionais da Saúde observam resultado de amostra para teste rápido de Covid-19 (foto: Aurelio Alves/O POVO)
Após a explosão de casos da Covid-19 no início de janeiro, devido à introdução da variante Ômicron, Fortaleza encerra o mês com redução na taxa de positividade dos testes de detecção e na demanda por atendimentos de síndromes gripais na rede de assistência hospitalar. As informações constam no Boletim Epidemiológico semanal da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgado nesta segunda-feira, 31. De acordo com o documento, entre os dias 24 e 30 de janeiro, a proporção de diagnósticos positivos para a Covid-19 das amostras colhidas em Fortaleza caiu para 42,1%. Isto significa que, em média, de cada 100 exames realizados, 40 confirmaram a infecção. Na semana anterior, o índice era de 56,1%. A SMS ressalta, no entanto, que a análise considera apenas as amostras processadas pelos laboratórios da rede pública. A pasta também informou que, no mesmo período, houve uma expressiva diminuição no número de atendimentos diários relacionados a doenças respiratórias, tanto nos Postos de Saúde quanto nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Capital. Apesar da constatação, o documento não apresenta o detalhamento desses indicadores. Segundo a Secretaria, há uma relação direta entre o percentual de exames positivos e a demanda por atendimentos na rede. Como os dois indicadores estão em queda, a pasta aponta que o cenário sugere uma tendência de estabilidade e “início do decaimento” dos casos diários de Covid-19. O Boletim ainda pontua que o pico de transmissão da terceira onda em Fortaleza pode já ter sido atravessado, mas destaca que a alta circulação viral ainda pode causar uma nova escalada de casos.

Embora a SMS aponte melhoria no cenário epidemiológico, a média móvel de novos diagnósticos da Covid-19 na Capital saltou de 460 para 573 nos últimos sete dias em relação à semana anterior, alta de quase 25%. Mas, de acordo com a pasta, o aumento está ligado, principalmente, ao retardamento da notificação de casos represados. O Boletim destaca que o quadro é provocado devido à proporção significativa de casos leves e assintomáticos não informados nos órgãos oficiais.

Além do aumento de casos, também houve crescimento no número de mortes causadas pela infecção. No intervalo analisado, foram registrados 78 óbitos, perfazendo média móvel de 11,1. Na semana anterior haviam sido contabilizadas 36 mortes e a média ficou em 5,1. Considerando os dados colhidos até o dia 30, Fortaleza encerra janeiro com 236 vidas perdidas em consequências da Covid-19.

No Boletim, a SMS alerta que, mesmo a Ômicron tendo um potencial menos agressivo em relação às cepas anteriores, a variante tem sido a maior responsável pelo aumento de mortes verificado nas últimas semanas. A pasta ressalta que os efeitos graves podem se manifestar principalmente em pacientes não vacinados ou com imunização incompleta e nos idosos com comorbidades e que ainda não tenham tomado a dose de reforço (D3).

Faixas etárias

Na distribuição dos casos e óbitos por grupo etário e sexo, os indicadores mostram que 74% dos casos e 27% das mortes foram confirmados na população de 20 a 59 anos. Já o grupo de pessoas com 60 anos ou mais responde por 18% dos casos e 73% das mortes. Em relação ao gênero, a maioria dos óbitos decorrentes da doença envolve vítimas do sexo masculino (55%).

Distribuição territorial na pandemia

Regional I Casos: 27.972 Mortes: 1.500

Regional II Casos: 56.529 Mortes: 1.798

Regional III Casos: 32.862 Mortes: 1.524

Regional IV Casos: 34.514 Mortes: 1.395

Regional V Casos: 47.675 Mortes: 2.204

Regional VI Casos: 57.376 Mortes: 1.829

Regional não identificada Casos: 63.278 / Mortes: 0

Total geral de casos: 320.206 Total geral de mortes: 10.250

Fonte: https://www.opovo.com.br/
Zeudir Queiroz

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