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Comunicador e Gerente Financeiro em Jornal dos Municípios
Especialista em Engenharia de Softwares. Bacharel em Sistema de Informação; Comunicador; Produtor de Eventos; Iniciou na comunicação na produção de programa de notícias na Rádio Clube de Fortaleza (antiga Ceará Rádio Clube); Em 2013 recebeu a Comenda Jornalista Dutra de Oliveira pelos relevantes serviços prestados a comunicação no Ceará - concedido pela ACEJI (Associação Cearense de Jornalistas do Interior); Já foi coordenador de Pastoral da Comunicação;Trabalha com desenvolvimento de sites, sistemas e aplicativos;Tem experiência como Programador visual gráfico (designer).
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O navio petroleiro Mara Hope que naufragou na costa da cidade de Fortaleza, no dia 6 de março de 1985, completou 30 anos encalhado. Tempo suficiente para tornar o navio uma atração turística da cidade.
A embarcação foi fabricada em 1967 pelo estaleiro espanhol Astilleros de Cádiz com o nome de Juan de Austria, porém ao longo de seu período de funcionamento recebeu outros nomes, foi chamado de Asian Glory (1979) e de Mara Hope (1983).
No ano de 1983, quando estava ancorado em Port Neches, no Texas, para reforma, o navio sofreu um incêndio em sua casa de máquinas. Devido à intensidade do fogo e do risco de explosão as pessoas que moravam nas proximidades do porto foram retiradas de suas residências. Ninguém morreu e os 40 tripulantes saíram do navio sem nenhum dano. Depois do incêndio o petroleiro não tinha mais condições de operar e no ano seguinte foi rebocado rumo a Taiwan, para desmonte e, seguida, ser vendido como sucata.
O mergulhador Marcus Davis Andrade Braga, que explica a área há mais de 15 anos, relata que desde sua adolescência frenqueta em navegações com os amigos as instalações do navio, mas com o passar dos anos se tornou inviável devido à deterioração do navio. ” Por um escada na lateral do navio subiamos e pulavamos do alto da embarcação”, recordou o mergulhador.
Para ele, o petroleiro hoje é um agregador de vida marínha e além de ser um dos pontos culturais do estado.”Muitos pesquisadores, estudantes e curiosos utilizam o espaço para estudo. A água nos meses de março, abril e maio facilita a visualização dessa vida marinha existente no entorno do navio”. comentou Marcus.
Acidente histórico
Em 6 de março de 1985, durante a viagem o rebocador do Mara Hope teve problemas mecânicos enquanto navegava em águas brasileiras, sendo obrigado a ancorar no estaleiro da Industria Naval do Ceará que se localiza ao lado do Hotel Marina Park, de frente ao local onde o navio viria a encalhar dias depois.
O afundamento do petroleiro se deu dia 21 de março de 1985, período em que Sucess II ficou ancorado em Fortaleza. O Mara Hope soltou-se de suas amarras durante a noite com maré alta e uma forte tempestade, ficando a deriva até encalhar num banco de areia próximo à Praia de Iracema. Há relatos de que houve tentativas de mover o navio, porém todas em vão, devido ao tamanho do banco de areia em que o mesmo e a profundidade que o mesmo tinha encalhado. Ainda existe uma versão não confirmada, de que o rebocador que conduzia o Mara Hope depois de vários problemas soltou suas amarras, deixando o mesmo à deriva.
Atualmente, propriedade da União, o navio permanecerá até o fim dos seus dias no mesmo local, já que segundo a Capitania dos Portos é inviável a sua recuperação. Até hoje, os vestígios do Mara Hope permanecem encalhados a aproximadamente 700 metros da Ponte Metálica. Tendo como um dos melhores pontos de visualização a Igreja de Santa Edwirges.
Por João Neto
Fonte: Diário do Nordeste
Imagens: Fabiane de Paula