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Mortes na periferia representam 96% dos casos na capital cearense

Até o fim de maio, pesquisadores estimam que quatro mil óbitos sejam registrados em Fortaleza

A mortalidade ocasionada pelo novo Coronavírus é maior nas regiões mais vulneráveis de Fortaleza. As áreas com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) concentram 96,3% dos casos registrados na capital. O balanço do Integrasus mais recente, divulgado na manhã de quinta-feira (7), mostra que 654 óbitos foram confirmados na cidade.

Foto: Reprodução/TV Cidade

O isolamento mais rígido, decretado pelo município é apontado como alternativa para achatar a curva nas próximas semanas. Até o fim de maio, segundo estimativa do Departamento de Física da Universidade Federal do Ceará (UFC), as mortes podem chegar até 4 mil ainda em maio. O professor José Soares de Andrade Júnior, que explicou o estudo, ainda manifestou preocupação com os pacientes assintomáticos, que apresentam taxa de contaminação reduzida, mas que podem disseminar novos casos mais rapidamente, justamente pela subnotificação. “É uma contaminação invisível”, disse.

Entre os bairros de Fortaleza, apenas 11 ainda não tiveram registros de mortes. Os óbitos foram confirmados em 110, a maioria na periferia, embora os pacientes diagnosticados sejam de regiões como Meireles, Aldeota e Cocó. A “explosão” nas regiões mais vulneráveis aconteceu a partir de 10 de abril, conforme aponta a Secretaria Municipal de Saúde

APLICATIVO- Nos próximos dias, o Governo do Ceará vai lançar um aplicativo que permitirá, com autorização do usuário, conferir o deslocamento do dono do celular pela cidade. O serviço será utilizado para entender por onde o paciente passou antes do diagnóstico ser confirmado.

HOSPITAL DE CAMPANHA NO PV- O primeiro hospital criado para receber pacientes com a Covid-19 em Fortaleza já registrou 202 internamentos desde que foi entregue pelo município, no mês de abril. Ainda hoje, 17 novos leitos serão disponibilizados ao público.

Fonte: http://cnews.com.br/

Zeudir Queiroz