Eleições 2024

Ministério da Defesa vê risco de conflito em São Paulo, Ceará e Rio neste domingo de 1º turno

O Ministério da Defesa montou operação nacional de Garantia do Voto e da Apuração (GVA), que visa a assegurar o acesso dos eleitores aos locais de votação. Forças Armadas e Polícia Federal monitoram regiões e mobilizam equipes em locais com potencial de conflito, em razão do crime organizado e da polarização política. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As Forças Armadas vão atuar durante as eleições em 510 localidades de 12 Estados do País, mas veem risco em dois deles, Rio de Janeiro e Fortaleza, como consequência da crise regional na Segurança Pública e da ação do crime organizado.

O efetivo militar mobilizado é de 30 mil homens e mulheres. Outros 4 mil permanecem em regime de reserva. O investimento da Defesa na GVA é de RS$ 18,7 milhões.

Já a Polícia Federal (PF) identificou também em São Paulo a possibilidade de haver choques diretos entre grupos de apoiadores dos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Em escala de 2 a 4, o risco é classificado como nível 2.

Defesa

No Rio, há receio de que facções criminosas ligadas ao narcotráfico e a milícias comprometidas com roubo de carga, contrabando de armas e venda clandestina de serviços possam constranger os moradores das áreas que controlam. Cerca de 1,7 milhão de eleitores registrados no TRE-RJ vivem e votam nas “zonas vermelhas” – 184 favelas ou núcleos de ocupação.

O programa total, estruturado pelo Ministério da Segurança Pública, abrange a PF, Exército, Marinha, Aeronáutica, Força Nacional, polícias estaduais, guardas municipais, polícias rodoviárias, bombeiros, Agência Nacional de Inteligência e times designados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – no total, cerca de 280 mil pessoas.

O ministro Raul Jungmann afirmou ontem, na abertura do Centro Integrado de Controle da Segurança, que “até agora não foram detectados indícios consistentes de conflito ou violência entre grupos políticos”.

A preocupação da PF em São Paulo está centralizada na militância de organizações de direita e esquerda que pretendam inibir eleitores ou que não aceitem o resultado. O esquema de plantão em regime especial será mantido até a meia-noite de segunda-feira, 8. Se houver um segundo turno da votação, será reativado por uma semana, de 22 a 29.

Fonte: O Povo

Zeudir Queiroz