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Minha Casa, Minha Vida reduz déficit habitacional em Caucaia

Caucaia Um misto de alívio e felicidade são os sentimentos daqueles que conseguiram a casa própria através do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Isso acontece na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), onde um grande número de pessoas deixou de pagar aluguel e vivem em suas residências. No município de Caucaia, por exemplo, o déficit habitacional já diminuiu 16% e a expectativa é de que esses números cheguem a 47% nos próximos anos.

Antes de se mudar para a sua casa no residencial Doutor Murilo Amaral, no bairro Curicaca, em Caucaia, a doméstica, Salete Silva, todos os meses tinha que tirar parte da sua renda para pagar o aluguel de sua casa, no bairro Itambé. Mas, há sete meses essa não é mais uma preocupação dela e o dinheiro, conquistado com muito trabalho, pode ser investido em outras áreas importantes de sua vida.

“Pra mim foi um sonho ter a minha casa própria. Hoje não preciso mais me preocupar com o dinheiro do aluguel e isso me deixa muito mais segura”, afirmou a doméstica.

Salete ressalta que não foi nada fácil conseguir conquistar esse seu sonho, mas, depois de todas as dificuldades pelas quais ela passou, receber a casa foi algo tranquilo. “Apesar das dificuldades, tudo isso foi uma bênção em minha vida”.

Ela ainda comentou que o residencial é um local bastante calmo, tanto que ela nunca ouviu falar de assaltos ou qualquer tipo de violência. “Aqui todo mundo é um amigo. Tenho meus vizinhos como meus próprios filhos e nunca tive problema com ninguém”, disse.

Sair do aluguel e morar no que é seu é uma bênção, há um ano, para a vendedora, Andreiza Tavares Amaro. “Desde que eu me mudei pra cá tudo tem sido perfeito”, frisou.

Porém, a jovem reclama que o residencial Doutor Murilo Amaral fica muito longe de supermercados, hospitais e outros locais importantes. “O ônibus, por exemplo, passa somente na pista central. Por isso, a gente tem que andar muito até chegar lá e esperar pela condução. Apesar desses problemas, morar aqui é muito bom”.

Convivência

Como uma das vantagens de morar naquele local, Andreiza destaca a amizade com os seus vizinhos. “Quase sempre estou em casa e, por isso, acabo conhecendo muito os meus vizinhos. Assim, nos tornamos amigos”.

O aposentado José Soares já está há cinco meses morando no residencial e mal espera o dia em que vai completar 10 anos por ali e, assim, vai terminar de pagar os 120 meses de prestação. “Todo mês pago R$ 50 e após esses 10 anos vou ser dono dessa casa de fato e de direito”, frisou.

No tempo em que está vivendo em sua nova residência, Soares já sentiu as diferenças para a sua antiga casa. O calor é a maior diferença e problema também. Devido ao baixo forro daquele imóvel, o ar não circula corretamente, de acordo com o aposentado. Dessa forma, ele passa a maior parte do dia fora da casa, mais precisamente na calçada.

Esse problema acabou tendo um lado bom, pois isso fez com que Soares pudesse se aproximar daquelas pessoas que moram nas casas ao lado. O programa MCMV foi lançado em março de 2009 pelo governo federal para permitir o acesso à casa própria para famílias de baixa renda. Além do objetivo social, o programa gerou emprego e renda, nos últimos anos, por meio do incremento da cadeia produtiva do setor da construção civil.

O MCMV subsidia a aquisição da casa/apartamento próprio para famílias com renda até R$ 1,6 mil e, facilita as condições de acesso ao imóvel para famílias com renda até R$ 5 mil.

As obras do MCMV estimulam a cadeia produtiva da indústria da construção civil com a geração empregos e renda para milhares de trabalhadores, além de ganhos significativos em escala para o comércio e a indústria nacional.

Em 2012, o MCMV teve um impacto estimado em 0,68% no Produto Interno Bruto (PIB) do País. Foram gerados aproximadamente 1,3 milhão de postos de trabalho formais, viabilizados pela superação da marca de dois milhões de unidades contratadas.

A principal condição para uma família adquirir um imóvel por meio do MCMV é estar enquadrada nas faixas de renda previstas no programa. As famílias com renda bruta mensal de até R$ 5 mil podem participar do programa, desde que não possuam casa própria ou financiamento em qualquer unidade da federação, ou tenham recebido anteriormente benefícios de natureza habitacional do governo federal.

Cadastro

A seleção dos beneficiários é de responsabilidade das prefeituras para as famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil. Os interessados devem se cadastrar na sede administrativa do município. Nas outras duas faixas de renda, a contratação é feita diretamente com a construtora com financiamento pela Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil.

A reportagem tentou, há 10 dias, obter a quantidade de imóveis pelo MCMV, na Região Metropolitana de Fortaleza, junto à Secretaria de Cidades do Governo do Estado, mas apenas ontem foi informado que o dado é de responsabilidade do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) e da Caixa Econômica Federal.

O Sindicato informou que o quantitativo é de competência da Caixa. Neste banco, não foi possível a informação até o fechamento desta edição.

Mais 22,7 mil unidades estão programadas para o Estado

Fortaleza O governador Cid Gomes assinou, na última semana, junto a Caixa Econômica Federal, o Programa de Financiamento de Contrapartidas do PAC (CPAC), no valor de R$ 120,4 milhões, que vai garantir a construção de 22.721 unidades habitacionais em todo o Ceará. Todas as unidades contarão com o montante de R$ 1,05 bilhão do governo federal, por meio do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).

Das unidades que serão subsidiadas com o aporte, 10.474 já começaram a ser construídas já que na ocasião foram assinadas ordens de serviço para construção de mais de seis mil casas e a retomada das obras de outras três mil unidades nos municípios de Fortaleza e Caucaia.

A construção de 6.698 novas unidades habitacionais beneficiarão os municípios de Crateús (795 unidades habitacionais); Maracanaú. (272); Canindé (495), Crato (1.578), Maranguape (294) e Fortaleza (3.264). Além disso foi autorizada a retomada das obras de 3.776 unidades, em Caucaia (2.656 casas) e Fortaleza (1.120), do MCMV I em que o Estado não era autorizado a entrar com aporte financeiro.

Segundo informações da Secretaria das Cidades, em um segundo momento será autorizado o início das obras da construção das outras 12.247 unidades. Nessa etapa serão beneficiados os municípios de Acaraú (500 unidades habitacionais), Barbalha (400), Crateús (300), Granja (500), Quixeramobim (600), Russas (420), Limoeiro do Norte (625), Aracati (200), Itapipoca (750) e outras 8.022 unidades em Fortaleza.

As famílias beneficiadas com as unidades autorizadas devem ser cadastradas pelos municípios e atender aos critérios estabelecidos pelo Programa Minha Casa Minha Vida.

Pacatuba

Este município recebeu, na semana passada, 396 novas unidades habitacionais, distribuídas em 117.567,00m² de área. É o primeiro do País financiado pelo Banco do Brasil dentro do MCMV. No total, foram investidos R$ 23.309.197,06.

As casas obedecem a um padrão adaptável para pessoas com necessidades especiais (acessibilidade), e possuem área de 45,66m². Têm sala, dois quartos, cozinha, circulação, banheiro, área de serviço e varanda. Doze casas já estão acessíveis para pessoas com necessidades especiais. As demais são adaptáveis de acordo com a demanda. Todas as residências são destinadas às famílias com renda até R$ 1.600,00 inscritas no MCMV.

De acordo com o governador Cid Gomes, a moradia é um dos pilares para a boa formação de um cidadão. “A casa própria é uma etapa absolutamente nova e fundamental na vida de qualquer família. Uma moradia digna, como estas que estamos entregando, vai ajudar a trazer uma vida melhor para as futuras gerações”, explicou Cid Gomes.

Aquela cidade tornou-se pioneira, por ser o primeiro município do País, dentro do programa Minha Casa Minha Vida, com financiamento do Banco do Brasil para a construção de conjuntos habitacionais. Todas as unidades são destinadas ao atendimento de famílias com renda até R$ 1.600,00 inscritas no MCMV.

De acordo com o governador Cid Gomes, a moradia é um dos pilares para a boa formação de um cidadão. “A casa própria é uma etapa absolutamente nova e fundamental na vida de qualquer família. Uma moradia digna, como estas que estamos entregando, vai ajudar a trazer uma vida melhor para as futuras gerações”, explicou. O residencial Pacatuba fica na Rua Antônio Férrer de Lima, no Bairro São Luís.

Thiago Rocha
Repórter

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Condições para participar do programa Minha Casa, Minha Vida: Toda família com renda bruta mensal de até R$ 5 mil pode participar do programa, desde que não possua casa própria ou financiamento; É preciso comprovar renda através da carteira assinada e provar que pode comprometer até 10% da renda familiar com o pagamento das prestações da casa; – Na prefeitura do município é necessário preencher formulário onde vai informar todos os seus dados, e apresentar documentações; Em seguida, um agente financeiro vai realizar uma avaliação de toda documentação e situação financeira da família; Por último, um Contrato Particular de Venda e Compra de Imóvel Residencial é criado para oficializar o negócio e a família ganha a sua casa própria.

Fonte: Diário do Nordeste

Zeudir Queiroz