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Leitos de Covid-19 em Fortaleza podem se ‘esgotar a qualquer momento’

Informações foram repassadas pela secretária e pelo gerente da Vigilância Epidemiológica de Fortaleza — Foto: Reprodução

A secretária da Saúde de Fortaleza, Ana Estela Leite, afirmou, durante transmissão pelas redes sociais, na manhã desta sexta-feira (12), que os leitos da administração pública e da rede particular exclusivos para a Covid-19 na capital cearense podem “se esgotar a qualquer momento”.

A cidade está em isolamento social rígido, determinado pelo governador Camilo Santana (PT) e pelo prefeito Sarto Nogueira (PDT), a fim de reduzir o número de contágios e óbitos provocados pela doença, os quais vêm apresentando aumento desde o fim do ano passado. As medidas mais rigorosas ocorrem entre 5 e 21 de março.

Das 12 unidades públicas disponíveis para atendimento mais grave de pacientes com Covid-19 em Fortaleza, seis já estão colapsadas, enquanto outras três estão com ocupação acima de 90%. Os leitos de enfermaria em hospitais públicos estão com 91% de ocupação.

“Temos cenários de incertezas. Essa capacidade instalada [de leitos] pela rede pública, pela rede privada também em expansão, ela pode se esgotar a qualquer momento. A população precisa fazer a sua parte”, pontuou a secretária

Sem previsão de pico

 

De acordo com Ana Estela, ainda não se sabe também quando Fortaleza chegará ao pico da segunda onda, apesar de os números já estarem próximos ao que foi verificado em maio de 2020, quando foram registradas as maiores quantidades de casos e óbitos provocados pela Covid-19.

Conforme o gerente da Célula de Vigilância Epidemiológica de Fortaleza, Antônio Lima, a média móvel de casos na capital calculada pela SMS atingiu 850 casos por dia. O número é próximo do pico em 2020, quando foram registrados mais de 950 casos/dia.

As mortes em decorrência do coronavírus também apresentaram aumento. Segundo Lima, Fortaleza está com uma média móvel de 30 óbitos por dia, atualmente. Ele lembrou que, em meados de outubro, a cidade atingiu os menores números: dois a cada 24 horas, em média. “A média móvel de óbitos ganhou muita velocidade na transição de janeiro para fevereiro”, explica.

Para o epidemiologista, a segunda onda da Covid-19 na cidade deve ser longa, uma vez que se iniciou em outubro do ano passado, mais localizada, porém se dispersou ao longo do município em transmissão comunitária altíssima.

Fonte: https://g1.globo.com/ce

Zeudir Queiroz