O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado José Albuquerque, participaram, nesta quarta-feira (25), da reunião da executiva nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), e manifestaram a posição da saída em bloco dos membros da sigla no Ceará. A decisão final sobre o caso será anunciada na quinta-feira (26) após novo encontro com o colegiado do partido em Fortaleza. A reunião contará com todos os diretórios municipais do PSB.
Cid enviou o prefeito de Fortaleza e o presidente da AL-CE para uma espécie de missão diplomática junto a Eduardo Campos FOTO: José Leomar
Com a saída do partido, Cid Gomes deve levar consigo 38 prefeitos, dez deputados estaduais e quatro deputados federais. Ele é contra a candidatura própria do partido à Presidência da República, desejo do governador de Pernambuco e presidente nacional da legenda, Eduardo Campos. O governador do Estado é a favor da reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Cid enviou o prefeito de Fortaleza e o presidente da AL-CE para uma espécie de missão diplomática junto a Eduardo Campos. O objetivo da conversa com Campos, segundo eles, era garantir uma “saída amigável”. Traduzindo, Cid quer garantir que o PSB não pedirá o mandato dos parlamentares “infiéis”. A resposta de Eduardo Campos foi positiva.
Segundo a Agência Estado, Roberto Cláudio e José Albuquerque abriram a reunião extraordinária da Executiva Nacional do PSB, em Brasília, nesta tarde, e não ficaram para o restante do encontro que tem como pauta principal o pedido de intervenção no diretório do Rio de Janeiro. O prefeito e o presidente da AL-CE teriam formalizado a desfiliação e saído imediatamente da reunião.
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Questionado pela Folha de S.Paulo sobre como encarava a perda de um governo como o Ceará, além das figuras políticas dos irmãos Cid e Ciro Gomes, o potencial candidato à Presidência da República desconversou. “Agora é a hora de olhar as entradas no partido. Olhar pra frente, olhar o que o partido ganha de sintonia com a sociedade”, disse.
Cid Gomes evitou confirmar migração coletiva para o PROS
Na reunião de terça-feira, tanto Cid Gomes como os aliados evitaram confirmar se a possível migração coletiva seria para o Partido Republicano da Ordem Social (PROS), cujo registro foi autorizado ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O encontro reuniu deputados estaduais, federais e ainda dirigentes do partido a portas fechadas.
Cid ressaltou a “aflição” da decisão que caberá a ele e seus correligionários, já que, além dos 14 deputados, alguns prefeitos, inclusive o de Fortaleza, podem sair do PSB.
De acordo com a legislação eleitoral, pessoas que desejem disputar cargo eletivo nas próximas eleições só poderão trocar de partido até o dia 5 de outubro. “O partido não questionará o mandato de ninguém. Tantos mais deputados sejam, mais aflição”, declarou Cid, ponderando pelo temor de que os parlamentares sejam acusados de infidelidade partidária. E completa: “O que nós queremos é que, se a decisão for sair do partido, uma posição que não questionará os mandatos”.
Com informações das agências Folhapress e Estadão Conteúdo
Fonte: Diário do Nordeste
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