Fortaleza vence Ceará e conquista bicampeonato cearense

TINGA saiu do banco para marcar na primeira final e fez o gol decisivo no jogo de ontem (Foto: Aurelio Alves)

A estrela do camisa 2 tricolor voltou a brilhar em um Clássico-Rei decisivo. Com gol do lateral-direito Tinga, o Fortaleza venceu o Ceará por 1 a 0, nesta quarta-feira, 21, na Arena Castelão, pela final do Campeonato Cearense 2020, e conquistou o bicampeonato estadual.

O Leão chega ao 43º título local com dois triunfos nos jogos decisivos, a exemplo da temporada passada. No jogo de ida, no dia 30 de setembro, o time do Pici já vencera por 2 a 1, também com um gol de Tinga.

Após a decisão do Estadual, a dupla volta a campo no próximo fim de semana por competições nacionais. O Ceará encara o Coritiba, sábado, 24, a partir das 19h, na Arena Castelão, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Já o Fortaleza visita o São Paulo, domingo, 25, às 20h30min, no Morumbi, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

O jogo

Na disputa pelo troféu, Ceará e Fortaleza entraram em campo com força máxima. Guto Ferreira manteve a base da equipe dos últimos jogos, com Rafael Sobis no comando do setor ofensivo, enquanto Rogério Ceni repetiu a escalação com os volantes Gabriel Dias e Ronald nas pontas e dois atacantes de ofício – Romarinho e David.

Com a desvantagem no placar agregado, o Vovô iniciou a partida com maior posse de bola e domínio das ações. Logo aos sete minutos, o meia Vina puxou contra-ataque e deu passe em profundidade para Sobis, que chutou sem direção à direita da meta. Três minutos depois, Fernando Sobral recebeu passe de Eduardo e tentou cruzamento rasteiro, mas Roger Carvalho cortou para escanteio.

Aos 12, em boa jogada coletiva, Fabinho deu bom passe para Rafael Sobis, que ajeitou de calcanhar, e Vina bateu colocado na trave esquerda de Felipe Alves. Na sobra, Sobral chutou por cima da meta. O Alvinegro acertou esbarrou no poste quatro minutos depois, quando Leo Chu cruzou rasteiro na área, Sobis dominou e mandou uma bomba no travessão.

Com postura mais retraída, à espera de oportunidades nos contra-ataques, o Fortaleza tentou responder em jogada de David pela ponta esquerda, com cruzamento para Romarinho, que finalizou por cima do gol. Os ânimos se exaltaram na metade da primeira etapa, quando o lateral-esquerdo Carlinhos, do Fortaleza, reclamou de entrada do lateral-direito Eduardo, do Ceará, mas o árbitro Raphael Claus contornou a situação.

Aos 28 minutos, o Tricolor criou a melhor oportunidade na etapa inicial. Charles errou passe no campo ofensivo, e Romarinho partiu em velocidade, livrou-se da marcação de Tiago e invadiu a área para cruzar rasteiro para David, mas Luiz Otávio apareceu no meio do caminho para cortar o passe. Tinga arriscou chute de fora da área dez minutos mais tarde, mas a bola saiu sem perigo. No último lance de perigo do primeiro tempo, Vina cobrou escanteio, e Tiago escorou de cabeça, mas Felipe Alves se antecipou para ficar com a bola.

Na volta para os 45 minutos finais, o técnico Guto Ferreira sacou Fernando Sobral e lançou Leandro Carvalho para dar mais poder ofensivo ao Vovô. A ideia funcionou, e a equipe repetiu a boa presença no campo de ataque. Logo aos quatro minutos, Leo Chu recebeu passe na ponta esquerda e cruzou, mas nem Tiago nem Vina alcançaram a bola, que passou em frente ao gol.

Dois minutos depois, foi a vez de Vina cruzar e Rafael Sobis não chegar a tempo de finalizar, também próximo à meta de Felipe Alves. Aos 15, o lance decisivo do Clássico-Rei contou com falha da defesa alvinegra e o oportunismo tricolor. Yuri César fez jogada no lado esquerdo da área, cruzou, Tiago tentou o domínio com peito, mas errou, e a bola sobrou limpa para Tinga, com o gol livre, encher o pé e marcar o único gol do duelo.

Daí em diante, o Tricolor apenas controlou a partida e tentava sair em contra-ataques, enquanto o Vovô tentava pressionar, mas sem sucesso. Houve princípio de confusão entre Luiz Otávio e David, e Leandro Carvalho ainda foi expulso por reclamação com a arbitragem. Com o apito final, a festa foi em vermelho, azul e branco no Castelão vazio.

Fonte: https://www.opovo.com.br/
Zeudir Queiroz

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