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Fortaleza teve três mortes de humanos por calazar e 61 casos confirmados em 2021

Mosquito-palha costuma ser o transmissor do protozoário da leishmaniose em áreas urbanas. — Foto: James Gathany/CDC

Fortaleza teve três mortes causadas por leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, e 61 casos confirmados da doença em 2021, conforme boletim epizootiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O município ainda investiga outros dois óbitos entre as cinco pessoas que tiveram a doença confirmada.

Ao todo, foram 164 notificações da doença no ano passado. A leishmaniose visceral é uma importante zoonose crônica e sistêmica causada pelos protozoários do gênero Leishmania. A doença é transmitida pela picada do mosquito infectado, especialmente a espécie Lutzomyia longipalpis, conhecida popularmente como mosquito-palha, tatuquira e birigui.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a leishmaniose visceral como uma doença negligenciada prioritária. O município de Fortaleza é considerado uma área endêmica de transmissão intensa para esta zoonose, segundo a SMS.

Na área urbana, o cão é a principal fonte de infecção e a enzootia canina tem precedido a ocorrência dos casos humanos. Em 2021, inclusive, aproximadamente 19% da população canina de Fortaleza foi testada para a versão canina da enfermidade e a prevalência da doença foi de 0,78%. O bairro Pan Americano obteve a maior prevalência, com 3,5%, seguido pelo Ancuri, com 3,2%.

Os cães infectados podem ser assintomáticos ou desenvolver sinais clínicos, tais como:

  • Emagrecimento
  • Queda de pelos
  • Crescimento e deformação das unhas (onicogrifose)
  • Desnutrição
  • Paralisia de membros posteriores
  • E até mesmo chegar ao óbito.

No ser humano, os sintomas se manifestam com:

  • Febre persistente
  • Aumento do fígado e do baço (hepatomegalia e esplenomegalia)
  • Perda de peso
  • Fraqueza
  • Anemia, entre outros.

A SMS alerta ainda que, quando não tratada, a leishmaniose visceral possui uma alta letalidade, o que pode levar ao óbito em mais de 90% dos casos.

Fonte: https://g1.globo.com/

Zeudir Queiroz