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Feirão da Leste-Oeste terá 260 lojas e três mil boxes

Um total de três mil boxes e 260 lojas fixas de alvenaria devem movimentar a área onde funcionava o complexo FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES
Um total de três mil boxes e 260 lojas fixas de alvenaria devem movimentar a área onde funcionava o complexo
FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES

Após anunciar o encerramento das atividades em janeiro deste ano, a área onde funcionou o complexo de entretenimento Mucuripe Club por 17 anos vai dar vida a outro tipo de lazer aos cearenses: o das compras. O Feirão Leste-Oeste, nome do novo empreendimento a ser implantado no local, está previsto para inaugurar no início de maio e promete ser o maior da cidade.

O feirão é uma parceria entre dois empresários proprietários de boxes na feira da Rua José Avelino com os donos do Mucuripe Club. “Temos um contrato de aluguel de 10 anos e eles terão um percentual em cima do faturamento”, explica o comerciante e sócio do empreendimento, Ivan Cavalcante.

Feirão 1Três mil boxes e 260 lojas fixas de alvenaria devem movimentar a área. No entanto, na primeira fase, serão inaugurados 600 boxes e 57 lojas climatizadas. “Já comercializamos 70% dos espaços. Ainda não vendemos tudo porque estamos criteriosos com a qualidade”, adianta Cavalcante.

O espaço deve acomodar não somente feirantes que atuam na Rua José Avelino, mas também comerciantes de feiras adjacentes. A expectativa dos sócios é de dar início às atividades no início do mês de maio para aproveitar o período em que antecede o Dia das Mães, época de vendas significativas para o comércio.

Impasse

A inauguração do novo centro de compras pode ser a solução para um problema entre a Prefeitura de Fortaleza e os feirantes da Rua José Avelino e proximidades, que há pelo menos cinco anos segue sem resolução. Depois de tentativas de remoção dos comerciantes, a região sempre volta a receber feirantes.

A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Regional do Centro (Sercefor), já havia anunciado que, até novembro deste ano, seriam concluídas intervenções feitas na antiga fábrica de tecido Filomeno Gomes, para dar espaço a um shopping popular no bairro Jacarecanga.

A intenção da construção do shopping popular é realocar os feirantes com a finalidade de desobstruir as vias tomadas pelo comércio ambulante nas áreas da Avenida Alberto Nepomuceno e da Praça da Sé, onde não há permissão para a atuação dos comerciantes. De acordo com a secretaria, a obra é uma parceria público privada (PPP).

Em novembro do ano passado, o titular da Secretaria Regional do Centro, Ricardo Sales, afirmou ao Diário do Nordeste que, apesar de ser um mercado informal e da impossibilidade de uma contagem exata de quem trabalha neste comércio, existe uma estimativa de três a quatro mil feirantes.

Ele afirmou ainda que o faturamento é de aproximadamente R$ 50 milhões mensais.

Ana Beatriz Sugette
Especial para Economia

Fonte: Diário do Nordeste

Zeudir Queiroz