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Estações do BRT na Bezerra de Menezes serão liberadas em setembro

Desde maio, dois trechos do canteiro central da avenida permanecem interditados para receber estações de ônibus. Titular da Seinf detalha que estruturas metálicas das paradas serão colocadas em setembro

Em dois trechos da avenida Bezerra de Menezes os canteiros centrais estão rodeados por tapumes: entre as ruas Eretides Martins e Érico Mota. Eles devem permanecer em obras pelo menos até agosto, junto a mais oito locais. No total, são dez estações com paradas de ônibus para integrar o BRT (Bus Rapid Transit, do inglês) da avenida, sendo cinco em cada sentido. As estruturas metálicas de todas elas devem ser implantadas no último mês da obra, prometida para setembro. As informações são do secretário de Infraestrutura, Samuel Dias.

De acordo com Samuel, será licitada a fabricação de hastes metálicas para estruturar as paradas de ônibus do corredor Antônio Bezerra/Centro. Desta forma, todas as “ilhas” nos canteiros centrais receberão intervenções para receber novo pavimento com pista dentro da estação e ciclovia passando por trás das paradas. A colocação das hastes metálicas fica para o último mês. O novo sistema a ser inaugurado em setembro mudará o local das faixas exclusivas para ônibus, hoje pertencentes ao BRS (Bus Rapid System). O transporte coletivo passará pelas faixas centrais, enquanto os veículos particulares circularam nas duas faixas próximas às calçadas.

Até agora, foram feitos serviços de drenagem onde as intervenções foram iniciadas. Ainda segundo o titular da Secretaria de Infraestrutura, o cronograma de execução prevê que o primeiro par de estações leve mais tempo para ficar pronto. Conforme detalha, os dois trechos têm os primeiros serviços de drenagem identificados e executados, havendo planejamento dos serviços das ilhas posteriores. Por dentro dos tapumes, o pavimento dos canteiros já está desfeito para receber as estações. Cada trecho reduz uma faixa para veículos particulares na avenida e toma parte da ciclovia. O que deixa ciclistas com espaço reduzido e intensifica o trânsito de veículos nos horários de pico.

As mudanças pelas quais passou a avenida desde 2010 formaram uma “confusão” que trouxe vantagens e desvantagens, avalia Meyrimara Bezerra, 46, proprietária de uma banca de revistas. Por um lado, as calçadas estão padronizadas, e o trânsito ganhou fluidez com faixas exclusivas para o transporte coletivo. Por outro, comerciantes enfrentaram diminuição do faturamento pelas dificuldades de acesso para clientes. Quanto à entrega das novas paradas de ônibus no prazo, Meyrimara duvida: “Não tem ninguém trabalhando. Só quebraram e deixaram pessoas vigiando”. Na manhã de ontem, O POVO não viu operários trabalhando nos trecho

Pedestres

O vendedor Edson Felício, considera que a mudança será positiva para os usuários de ônibus e os comerciantes. “Eu me pergunto como as pessoas vão atravessar para pegar ônibus”, questiona o ambulante Francisco das Chagas. Segundo Samuel Dias, as estações são próximas de semáforos com passagem para pedestres. Um semáforo será implantado entre as ruas Cruz Saldanha e Professor Anacleto.

Saiba mais

O remanejamento de árvores do canteiro central também é uma etapa a ser executada nos últimos meses da obra. Segundo Samuel Dias, não serão menos de 100 árvores retiradas do centro da avenida.

101 mudas foram plantadas nas calçadas da avenida, e 39 ainda devem ser colocadas nos passeios. São quatro espécies: pau-branco (30), oiti (29), pau-brasil (21) e ipê (21).

 

A Prefeitura atualmente faz mapeamento de locais de plantio também nos canteiros centrais. O secretário detalha que as plantas deverão servir para o sombreamento de ciclovias e estações. No total, a avenida deve ganhar mais de 300 árvores.

A primeira etapa do corredor expresso Antônio Bezerra/Centro prevê a implantação das estações com base de concreto e estrutura metálica até o Centro. O corredor vai até o Terminal do Papicu, com intervenções que devem ser concluídas em 2015. O Terminal do Antônio Bezerra tem setembro como prazo de conclusão.

Fonte: O Povo

Zeudir Queiroz