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Envenenado: Subtenente sai do coma; Polícia envia inquérito

No relatório final do inquérito encaminhado para a Justiça, o delegado Wilder Brito Sobreira pede a manutenção da prisão do militar FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES
No relatório final do inquérito encaminhado para a Justiça, o delegado Wilder Brito Sobreira pede a manutenção da prisão do militar
FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES

O subtenente do Exército Brasileiro (EB) Francilewdo Bezerra Severino, de 45 anos, saiu do coma induzido após nove dias. Porém, segundo a Polícia, ele permanece inconsciente.

O militar está internado no Hospital Geral do Exército desde o último dia 11, quando foi encontrado pela esposa, Cristiane Renata Coelho Severino, 41, agonizando dentro de casa, após ingerir chumbinho, agrotóxico proibido, comumente utilizado para matar ratos.

A mulher acusou o marido de tê-la agredido e forçado a ingerir de cinco a seis comprimidos de tranquilizante de tarja preta, com duas taças de vinho. Segundo ela, o homem seria autor do crime que resultou na morte do filho Lewdo Ricardo Coelho Severino, de nove anos. A criança foi morta envenenada com chumbinho. O militar, embora internado, está preso.

Inquérito

Ontem, o delegado titular do 16º DP (Dias Macêdo), Wilder Brito Sobreira, enviou à Justiça o inquérito policial. No relatório final, narrou o que foi apurado até a data e solicitou devolução em caráter de urgência.

“Ainda tem muita coisa a ser esclarecida, apesar do vasto material apreendido. Muitos destes materiais ainda precisam ser averiguados por mim”, explicou.

O inquérito, contudo, foi encaminhado sem os laudos laboratoriais, que informam a causa da morte do menino, o que contrariou a vontade do presidente do inquérito. “Já faz alguns dias que o laudo está pronto mas não chega nas minhas mãos. Isso acaba atrapalhando nosso trabalho, já que temos prazos legais a cumprir”, reclamou.

Ontem, passavam das 17h e, na sala do delegado, um profissional trabalhava na análise de alguns dos materiais colhidos na residência da família, no Conjunto Napoleão Viana.

No relatório final do inquérito, o delegado Wilder Brito Sobreira pediu a manutenção da prisão do subtenente “pois ainda aguardo o momento em que ele possa relatar o ocorrido”.

Na quarta-feira (19), a esposa do militar prestou depoimento no 16º DP, na presença do presidente do inquérito e do diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM). A mulher está sendo acompanhada pelo Centro de Proteção e Referência a Mulheres Vitimizadas do Recife, órgão que tem parceria com a Prefeitura de Fortaleza.

Fonte: Diário do Nordeste

Zeudir Queiroz