No Carnaval, muitas famílias fecham as residências para aproveitar o feriadão ou na folia ou para descansar. Antes de viajar, em nome da saúde coletiva, é necessário fazer uma faxina em tudo dentro de casa, no jardim e também no quintal que possa acumular água e servir de criadouros para o mosquito da dengue. O mosquito pode se multiplicar na gaveta da geladeira, na bandeja do bebedouro refrigerado, nas calhas, em garrafas encostadas no muro e, principalmente, nas caixas d’água. Numa ação de limpeza e vigilância, antes da viagem as famílias devem eliminar esses riscos, deixando os depósitos sem água e no caso das caixas d’água lavando e deixando bem tampadas para evitar a entrada do acesso do mosquito da dengue.
No Ceará, há histórico de município que sofreu epidemia de dengue semanas logo após o Carnaval. Por isso, a orientação da Secretaria da Saúde do Estado é de que os gestores municipais e a população devem manter os cuidados com a proliferação do Aedes aegypti. Como lembra a campanha deste ano do Ministério da Saúde, sempre é hora de combater a dengue, e no carnaval, quando a produção de lixo cresce exponencialmente nas cidades com tradição de festa, os cuidados devem ser redobrados.
O descuido com a limpeza e com o controle do mosquito pode favorecer a proliferação do Aedes aegypti e a disseminação da doença. Nas festas, os foliões devem ter atenção com o descarte de latas, copos e garrafas. O descarte de objetos e utensílios que podem acumular água deve ser feito em lixeiras e depósitos destinados a isso. Nas casas, o cuidado é com a vedação das caixas d’água, para evitar que se tornem criadouros do mosquito da dengue. De acordo com levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, em todo o Nordeste os focos do mosquito se concentram nos depósitos de águas, principalmente as caixas.
Como a população pode ajudar no combate à dengue
– manter a caixa d’água completamente fechada para impedir que vire criadouro do mosquito
– jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias etc
– guardar garrafas, para retorno ou reciclagem, emborcadas e em local em que não acumulem água
– colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada
– não jogar lixo em terrenos baldios
– manter o saco de lixo bem fechado e fora do alcance dos animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana
– manter bem tampados tonéis e barris d’água
– não deixe água acumulada sobre a laje
– encher de areia até a borda os pratinhos dos vasos de planta ou lavá-los com escova, água e sabão semanalmente
– lavar semanalmente por dentro, com escova e sabão, os tanques utilizados para armazenar água
– remover folhas e galhos e tudo o que possa impedir a passagem da água pelas calhas
– se você tiver vasos de plantas aquáticas, trocar a água e lavar o vaso, principalmente por dentro, com escova, água e sabão, pelo menos, uma vez por semana
– lavar semanalmente, principalmente por dentro, com escova e sabão, os utensílios utilizados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes etc.
Para as secretarias municipais de saúde, continuam valendo os dez passos de combate à dengue:
1. Assegurar a continuidade das ações de controle focal do mosquito, casa a casa, pelos agentes de endemias.
2. Garantir a supervisão de campo das ações de agentes de endemias e a disponibilidade de equipamentos de proteção individual (EPI).
3. Realizar mutirão de limpeza urbana, convocando a população para colaborar, limpando os quintais, principalmente no período que antecede as chuvas.
4. Implantar ou implementar as ações de vedação de caixas d’água com tela ou cimento.
5. Realizar atividade de mobilização social especialmente nas escolas municipais (gincanas, concursos de redação e peças de teatros).
6. Assegurar a notificação imediata de todos os casos para a vigilância epidemiológica.
7. Alertar todos os profissionais da Saúde da Família e da rede hospitalar sobre o diagnóstico e tratamento dos casos de dengue.
8. Garantir o estoque de medicamentos e material de laboratório que permita o diagnóstico e tratamento precoces.
9. Garantir o fluxo de atendimento e referência para pacientes com dengue hemorrágico ou dengue com complicação.
10. Elaborar um plano de contingência para eventuais epidemias.
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