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Dilma inaugura amanhã as duas últimas estações da Linha Sul do Metrô

Um ano e um mês após ter sido inaugurada pelo governador Cid Gomes (PSB), a Linha Sul do Metrô de Fortaleza terá suas duas últimas estações previstas no projeto original da obra entregues amanhã pela presidente Dilma Rousseff (PT). Serão inauguradas a estação Central – Chico da Silva (na rua Padre Mororó, ao lado do cemitério São João Batista) e a José de Alencar (na avenida Tristão Gonçalves, entre as ruas Liberato Barroso e Guilherme Rocha).

 

O equipamento está em fase de testes e liga Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza, ao Centro da Capital, onde se chega até em menos de 30 minutos. Por ora, as composições funcionam apenas de segunda a sexta-feira, das 8 horas ao meio-dia.

 

O POVO checou o serviço às vésperas da chegada da presidente. O um ano de uso constante por uma demanda que só cresce em decorrência da gratuidade do acesso só se faz notar com a chegada das composições. Ontem, duas janelas estavam trincadas e a fachada da estação Carlito Benevides (a antiga Vila das Flores, em Pacatuba) havia sido pichada. “Se não tivesse equipe de segurança dentro, o prédio não estaria bem conservado assim”, relatou um agente.

 

De resto, em todas as 18 estações, tudo parece novo. Plataformas limpas, segurança reforçada, acessibilidade garantida e lixeiras de coleta seletiva preservadas. Os passageiros queixam-se apenas da inexistência de banheiros públicos, explicada pela assessoria da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) como algo feito “porque foi constatado que estes espaços serviam mais a criminalidade do que ao seu propósito inicial.”

 

Nos 29 minutos trilhados da Pacatuba ao Centro de Fortaleza, O POVO vivenciou duas situações em que o sistema computadorizado dos vagões precisou ser desligado e reiniciado. “Já aconteceu foi de parar total e ser preciso vir outro pra puxar. Não é normal, mas acontece, principalmente em dia de chuva. E também tá em teste, né? Ainda assim, a gente chega muito mais rápido. De ônibus, eu levaria uma hora e meia”, compara a estudante Andréa Cavalcante, 33.

 

Dentro das composições, seguranças ficam de prontidão para o caso de alguma ocorrência. Afora as duas janelas avariadas por vândalos, o equipamento parece novo. Além da rapidez no deslocamento, os passageiros elogiaram o conforto das poltronas e o ar-condicionado. Em quase toda a viagem, os vagões vão cheios, mas não chegam a lotar ao ponto de causar desconforto.

 

Em nota, a assessoria do Metrofor informou não haver previsão para o fim do período de testes e início da cobrança de tarifa no metrô, mesmo com a entrega das duas estações por Dilma Rousseff. “A operação comercial depende de vários fatores administrativos como definição de horários, integração com outros modais de transporte, recursos humanos etc. Tudo está sendo encaminhado”, disse.

 

Serviço

Sobre as obras do Metrofor

Telefones: 3101 7100 (Metrofor) ou 3216 3763 (Seinfra)

 

Saiba mais

 

Outras duas estações da Linha Sul (no Montese e no Porangabuçu), incluídas após o início das obras do projeto original, ainda estão em construção, com 40% da edificação concluídos, e devem ficar prontas no primeiro semestre de 2014.

 

Além da Linha Sul, o projeto do Metrofor conta com a Linha Oeste (já concluída, com 19,5 km de extensão e nove estações); a Linha Leste (cujas obras devem iniciar no segundo semestre deste ano e terminar em 2019 – o trecho tem 12,4 km de extensão) e o Ramal Parangaba-Mucuripe (com extensão de 12,7 km, sendo 11,3 km em superfície e 1,4 km em elevado), além dos metrôs do Cariri e Sobral.

Fonte: O Povo

Zeudir Queiroz