Somente no último sábado, 30 de maio, três condutores morreram em Fortaleza e Barreira
“Depois dos profissionais da saúde, quem mais perdeu gente, pode ter certeza, que disparado, foi a categoria dos taxistas”, lamenta o presidente do Sindicato dos Taxistas do Ceará (Sinditáxi), Francisco Moura. Entre março e maio, 19 motoristas faleceram em decorrência do novo Coronavírus.
“Em um só dia, nós perdemos três guerreiros para o Coronavírus”, lamenta o presidente, sobre os óbitos registrados no sábado (30). Os motoristas trabalhavam no Aeroporto de Fortaleza, Mercado São Sebastião e no município de Barreira, no Maciço de Baturité.
O presidente, no entanto, não sabe pontuar quantos condutores foram contaminados pelo novo Coronavírus no Estado. A categoria ainda sofre com a queda no fluxo de passageiros durante o isolamento social. A redução é estimada em 95% no período. “A situação é delicada, muito difícil, mas o Sinditáxi atua para amenizar o sofrimento da categoria”, garante Moura, que coloca os taxistas como grupo de risco por transportar várias pessoas em um pequeno ambiente.
Antes da pandemia, os motoristas conseguiam realizar até 3.900 viagens diárias. Com a crise, as corridas diárias caíram para 350, em média. “Temos torno de mil e duzentos motoristas logados [no aplicativo do Sinditáxi]”, afirma Francisco.
Durante a manhã, os taxistas participaram de um drive-thru na sede do Sinditáxi, no bairro José Bonifácio, em Fortaleza. Foram distribuídas 3.500 máscaras doadas pelo Shopping Iguatemi. Antes das entregas, o prédio passou por uma higienização. Além disto, a Prefeitura de Fortaleza doou cestas básicas para 8.495 motoristas cadastrados e isentou os profissionais da área do pagamento de taxas cobradas pela Etufor.
Em maio, o presidente Jair Bolsonaro vetou a inclusão de taxistas no pagamento do auxílio emergencial, justificando que a ampliação criaria uma despesa extra sem que a fonte dos recursos tenha sido indicada pelo Congresso. “Estamos aguardando a derrubada do veto”, diz o presidente do Sinditáxi, lembrando que a situação dos profissionais será discutida em 15 de junho, na Câmara dos Deputados.
Fonte: http://cnews.com.br/
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