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Dez avenidas de Fortaleza terão velocidade reduzida para 50 km/h até julho

A readequação da velocidade máxima nas avenidas em Fortaleza já reduziu em 68,1% a quantidade de acidentes com mortes

Foto: Divulgação / Prefeitura de Fortaleza

Dez avenidas de Fortaleza terão a velocidade máxima reduzida para 50 km/h até julho. A partir de maio, a velocidade mudará nas avenidas Dom Manuel, Aguanambi, 13 de Maio e Porto Velho. Em junho, será a vez das avenidas Pontes Vieira, Avenida I (José Walter) e Carneiro de Mendonça. Por fim, em julho, a redução da velocidade das vias chega às avenidas Alberto Craveiro, Paulino Rocha e Silas Munguba. A medida faz parte de um pacote de ações anunciado pela Prefeitura de Fortaleza, nesta quinta-feira (04), com investimento de R$ 9 milhões. Ao longo dos próximos três meses, serão executadas intervenções de sinalização, infraestrutura, educação viária, fiscalização preventiva e comunicação.

Nas avenidas Dom Manuel, Aguanambi, 13 de Maio e Porto Velho, foram registrados 12 acidentes com vítimas fatais, 469 com vítimas feridas e 70 atropelamentos, entre janeiro de 2019 e março de 2023.

A readequação da velocidade máxima nas avenidas em Fortaleza já reduziu em 68,1% a quantidade de acidentes com mortes, de acordo com a Prefeitura. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o excesso de velocidade é responsável por um a cada quatro mortes por sinistros no trânsito. Uma readequação de 60 para 50 km/h aumenta em dez vezes a chance do pedestre sobreviver a um atropelamento.

Segurança viária em Fortaleza

O pacote de ações da Prefeitura de Fortaleza contempla ainda renovação da sinalização horizontal e vertical incluindo 673 cruzamentos, implantação de 10,1 km de infraestrutura cicloviária, seis novos semáforos, 14 estágios exclusivos para pedestres, 36 novos pontos semafóricos com reforço na visibilidade, 30 travessias elevadas e 42 lombadas físicas. Dez importantes corredores receberão um conjunto de intervenções que incluem melhoria na pavimentação, sinalização, limpeza urbana e readequação da velocidade.

“Esses investimentos já começam a ser aplicados agora em maio e a intenção é replicar isso ao longo do ano. Nós estamos perseguindo, pelo 9º ano consecutivo, a redução de mortes no trânsito e, para tal, a estratégia é reduzir velocidade nas vias que estão tendo mais mortes, além da implementação de ciclofaixas, sinalização e a ampliação da limpeza das vias”, comentou João Pupo, titular da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP).

Estão previstos ainda projetos de esquina segura e calçada viva, que através do alargamento de passeios com pintura e balizadores, promove uma circulação mais segura, principalmente aos pedestres, que são os usuários mais vulneráveis, ficando atrás apenas dos motociclistas em relação ao quantitativo de óbitos no trânsito.

Segundo o superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), Antônio Ferreira, Fortaleza tem reduzido significativamente as mortes fatais no trânsito nos últimos oito anos, e o objetivo é reduzir ainda mais, tendo como horizonte a marca de zero óbito nas vias da capital.

“Nosso Plano Municipal de Segurança no Trânsito está baseado num horizonte de zero mortes no trânsito de Fortaleza. Já são oito anos com reduções constantes de óbitos. Em 2014, Fortaleza registrou 377 mortes no trânsito e, agora, foram 158 em 2022, isso representa uma redução de 58%. Até há pouco tempo, a avenida Leste-Oeste era uma das mais fatais da Capital e, em 2022, não registramos nenhum óbito nela”, informou.

Oitavo ano consecutivo de redução

Pelo oitavo ano consecutivo, Fortaleza registrou redução no número de mortes no trânsito. Em 2022, a capital cearense contabilizou 158 óbitos nas vias da cidade, com taxa de mortalidade de 6,0 para cada 100 mil habitantes. O número é 57% menor em relação ao do ano de 2014, no qual 377 pessoas perderam a vida. A queda foi de 14,7% quando comparado a 2021.

Os usuários de motocicletas representaram quase metade das mortes, liderando a estatística com 47%, seguido por pedestres (44%), ciclistas (5%) e ocupantes de automóvel (4%). Dentre as vítimas, a maioria é do sexo masculino, na faixa etária compreendida entre 30 e 59 anos.

Maio Amarelo

Durante o Maio Amarelo, uma programação especial desenvolvida pela AMC vai chamar atenção da sociedade para o índice de mortes e feridos na Capital. A campanha realizada nacionalmente completa dez anos este ano e tem como tema “No trânsito, escolha a vida”.

Integram o calendário do mês comandos educativos com foco nos fatores de risco como o excesso de velocidade e a mistura de álcool e direção, além de cursos de pilotagem segura direcionados a ciclistas, motociclistas e instrutores de autoescolas.

Como parte da programação, será inaugurada ainda uma estação do Bicicletar no Parque Rachel de Queiroz e uma nova ciclofaixa na Av. Porto Velho. Edições do Bike Sem Barreiras e Ciclofaixa de Lazer também serão especiais voltadas à conscientização de um tráfego seguro.

Neste período, operações de Lei Seca e relacionadas ao uso correto do capacete devem ser intensificadas em áreas de maior acidentalidade. Mobilizações de respeito à faixa serão contínuas em terminais de integração e lições de cidadania no trânsito vão ser repassadas no “AMC nas Escolas”.

Intervenção inédita na América Latina, Fortaleza passará a contar com uma nova faixa iluminada. Desta vez, será testada uma nova tecnologia de iluminação estática no bairro Autran Nunes. O objetivo é melhorar a visibilidade do pedestre até que ele conclua a travessia.

O final do movimento será marcado por um passeio ciclístico e pela segunda edição do Seminário de Preservação de Vidas no Trânsito, que reunirá especialistas e técnicos de todo o Estado. Haverá ainda o lançamento do Prêmio AMC de Mobilidade Urbana e a entrega do Relatório Anual de Segurança Viária.

Fonte: https://gcmais.com.br/

Zeudir Queiroz