
ÉRIKA FONSECA
Uma comissão formada pelos deputados estaduais Audic Mota, Danniel Oliveira, Silvana Oliveira e Walter Cavalcante foi barrada na entrada de emergência do Hospital Albert Sabin e só conseguiram entrar após contato com assessoria de comunicação da unidade hospitalar. No local, os parlamentares constataram a superlotação de crianças comsintomas de dengue, sarampo, catapora e outras viroses lotando os corredores do equipamento.
Nos corredores, pais e familiares dos pequenos pacientes reclamam da falta de médicos, consultas e atendimento prioritário aos com necessidade especiais. Conforme a operação Corredômetro, 57 crianças estavam sendo atendidas nos corredores da unidade nesta terça-feira.
Ao tentar o acesso na entrada de emergência, o segurança vetou a entrada dos parlamentares, apesar de o grupo ter se identificado como deputados. A ordem passada pela diretoria do Hospital era que procurassem atendimento em outra entrada. Após o desentedimento, os partidários foram recebidos pela assessoria de imprensa que recebeu e os guiou pelas dependências do hospital.
A diretora do hospital não estava presente na chegada dos deputados, pois estava em horário de almoço. Durante a visita aos corredores e leitos, a gestora foi informada da presenta dos deputados e se encaminhou ao local. Segundo os deputados, ela informou que a unidade está sofrendo com a falta de leitos e recursos financeiros por parte do Estado. As reclamações de pais e dos próprios funcionários da unidade serão apresentadas em uma audiência na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alce).
Dayane Nunes, dona de casa, desde segunda-feira (11), tenta ser atendida com seu filho com sintomas de dengue. Ela chegou por volta de 11h30 e saiu sem nenhum atendimento às 23h. Nesta terça-feira, a mãe levou novamente a criança à unidade, e um exame de sangue diagnosticou o baixo número de plaquetas, confirmando o diagnóstico de dengue.
Dayana aguardou durante toda o dia a transferência da filha para um leito em outro unidade, mas não ainda sem resposta até o fim desta tarde. “Nossas crianças estão sendo atendidas como animais. Falta alimento e medicação. É triste”, lamentou a mãe.
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