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Cearenses deixam a poupança de lado e investem mais na renda fixa

Segmento cresceu 20% no Ceará e é responsável por 37,3% da carteira local.

Foto: Reprodução

Levantamento do Santander Brasil apresenta o perfil do investidor no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2022

Apesar da caderneta de poupança ser considerada o investimento preferido dos brasileiros, é na renda fixa tradicional que os cearenses preferem depositar as apostas para rentabilizar seu dinheiro. De acordo com o levantamento realizado pelo Santander Brasil, que compara os investimentos realizados pelos clientes do Banco entre janeiro e junho de 2023 ante o mesmo período do ano passado, houve um incremento de 20% na renda fixa no Ceará, enquanto a poupança caiu em 9%.

O desempenho do primeiro semestre deste ano reforçou essa tendência de predomínio da renda fixa. Esse segmento já liderava a carteira dos aplicadores cearenses, sendo responsável por 37,3% de todo o portfólio. A poupança fica apenas no terceiro posto, com 14,4% – o quarto menor percentual de fatia do Brasil e segundo do Nordeste, superior apenas a Bahia (13,6%). A Previdência é o segundo na preferência dos cearenses, com 26,9%.

PERFIL NACIONAL

No cenário nacional, mesmo com a taxa de juros permanecendo inalterada em 13,75% por um longo período no Brasil, investimentos ultraconservadores perderam espaço na carteira dos aplicadores neste primeiro semestre do ano. Levantamento realizado pelo Santander Brasil mostra que títulos públicos, fundos DI e até a poupança cederam espaço para opções como Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs).

A renda fixa – que engloba CDBs, LCI, LCA e LIGs – foi a categoria que mais cresceu no período nacionalmente: 17%, saltando de 32% do total da carteira dos investidores no primeiro semestre de 2022 para 37,5% de janeiro a junho de 2023.

Outra categoria que também registrou crescimento no período foram os Certificados de Operações Estruturadas (COEs), que avançaram 28% em 12 meses, ainda que sua representatividade seja bem menor que a da renda fixa: 5% do portfólio ao fim de junho deste ano.

“Os dados revelam maturidade dos investidores dispostos a correr um pouco mais de risco – além de uma menor liquidez – em troca de maiores retornos. Tudo isso sem renunciar à segurança oferecida pela Selic ainda em patamares bastante altos”, afirma Leonardo Siqueira, head de Investimentos do Santander Brasil.

Os outros investimentos mais conservadores como o Tesouro Direto e fundos de renda fixa, incluindo os fundos DI, ficaram menos atrativos aos olhos dos investidores: os aportes recuaram 2% e 14%, respectivamente.

Outras categorias que também registraram queda nos aportes foram os fundos multimercados, crédito privado e cambiais, que passaram de 9,15% para 6,36% do total do portfólio; fundos de renda variável, que recuaram de 2,06% para 1,26% do total; previdência, de 33,2% para 32,41%; além dos ativos de crédito privado de 1,29% para 1,02%; e ações, ETFs e fundos imobiliários, cuja participação na carteira caiu de 4,12% para 3,45%.

Até a caderneta de poupança, considerada o investimento preferido dos brasileiros, perdeu espaço nacionalmente, passando de 20,94% do total do portfólio em junho de 2022 para 19,72% em junho deste ano.

Fonte: Assessoria de Imprensa Santander Nordeste/Norte/Espírito Santo

Zeudir Queiroz