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Ceará ganha reforço de 136 MW de fonte eólica do interior

O Complexo Eólico Faísa, inaugurado ontem, contou com um investimento total de R$ 540 milhões

Novo complexo é composto por cinco parques eólicos, com 65 aerogeradores FOTO: TUNO VIEIRA
Novo complexo é composto por cinco parques eólicos, com 65 aerogeradores
FOTO: TUNO VIEIRA

Com investimento de R$ 540 milhões e potência total instalada de 136,5 megawatts (MW), foi inaugurado ontem o Complexo Eólico Faísa, localizado no município de Trairi, a cerca de 130 quilômetros de Fortaleza. O empreendimento é de responsabilidade da FIP-IE BB Votorantim Energia Sustentável I, II e III e Enerplan, empresa do grupo de energia gaúcho Oleoplan.

Do valor aplicado na construção do Complexo, R$ 391 milhões foram oriundos de linhas de fomento do Banco do Nordeste (BNB), Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os investimentos são administrados pela Votorantim Asset Management.

Com consultoria técnica da Excelência Energética e tendo a MW Energia Renovável como originador e operador, o complexo é composto por cinco parques eólicos com 65 aerogeradores. A potência total representa cerca de 3% da potência eólica instalada em operação comercial no Brasil, conforme dados de outubro da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

Subestação Pecém II

O equipamento entra em operação integrado à rede nacional, conectado à subestação Pecém II, da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), oferecendo energia de uma fonte limpa e renovável.

A estimativa dos controladores é que Faísa gere energia suficiente para atender à demanda de uma cidade com aproximadamente 300 mil habitantes.

“Nosso intuito maior é atrair, para o mercado de capitais, pessoas físicas dispostas a contribuir com empreitadas como essa que geram não só energia sustentável, mas emprego, renda, benefícios sociais e ainda reforçam o PIB de um Estado como o Ceará. Os cinco parques eólicos inaugurados têm capacidade de gerar energia para uma cidade de até 300 mil habitantes”, afirma o gerente de Investimentos do Banco Votorantim, Luiz Sedrani.

Parques em operação

Segundo dados atualizados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), existem no Ceará 58 usinas eólicas em operação, sendo 13 em Trairi; 11 em Fortaleza; sete em Amontada; seis em Aracati; cinco em São Gonçalo do Amarante; quatro em Acaraú; três em Beberibe; três no Eusébio; duas em Aquiraz; duas em Paracuru; uma em Itarema; e uma em Camocim.

Capacidade

Considerando todas as fontes de energia, o Estado conta com 3.172.245,08 kW de capacidade instalada, 2,38% do total nacional (133.096.279,21 kW). O projeto foi adquirido em 2012 pelos fundos Votorantim (60%), em parceria com a Enerplan (40%), e é o primeiro investimento direto em usinas dos FIP-IE BB Votorantim Energia Sustentável I, II e III a entrar em operação.

Sustentabilidade

O Complexo Eólico Faísa materializa uma contribuição do setor financeiro no desenho e mobilização de capital para uma nova economia verde e o setor de Infraestrutura, sendo também uma excelente oportunidade aos investidores.

Levando em conta premissas de sustentabilidade, a energia gerada pelos projetos dos fundos é menos poluente, causa baixo impacto ambiental, contribui para uma matriz energética mais limpa e sustentável e tende a ser mais vantajosa para as empresas que utilizam esse tipo de energia, dado o custo dos insumos e incentivos na tarifa de transmissão.

Fundos de investimentos

Os Fundos de Investimento em Participações em Infraestrutura BB Votorantim Energia Sustentável I, II, e III têm cotas negociadas na BM&FBovespa e são dedicados ao setor de geração de energia sustentável. Destinados apenas a investidores qualificados, os fundos atingiram um patrimônio líquido de R$ 300 milhões em sua emissão primária, com mais de mil cotistas pessoas físicas. Hoje, esse patrimônio já atinge cerca de R$400 milhões.

Juntamente com o desenvolvimento dos parques eólicos, o Faísa destinou R$ 920 mil para seis projetos sociais, na comunidade do entorno, para promover o desenvolvimento sustentável da população local, em áreas como educação e saúde.

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Fonte: Diário do Nordeste

Zeudir Queiroz