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Ceará encerra quadra chuvosa de 2025 com saldo positivo no armazenamento de água

Foto: Reprodução

O Ceará finalizou a quadra chuvosa de 2025 com um cenário favorável em relação ao volume de água armazenado. Segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), os 157 açudes monitorados no Estado encerraram o mês de maio com 55% da capacidade total preenchida. Isso representa 10,2 bilhões de metros cúbicos armazenados, de um total de 18,5 bilhões possíveis.

Reservatórios atingem capacidade máxima

Atualmente, 27 açudes estão sangrando, entre eles o Orós, segundo maior do Estado, que verteu em 26 de abril. Outros 35 reservatórios superaram os 90% da capacidade, consolidando 2025 como uma das melhores temporadas hídricas dos últimos anos, mesmo com irregularidades regionais.

Destaques entre os açudes cheios

Entre os açudes que chegaram ao volume máximo, estão o Acaraú Mirim (Massapê), Jenipapo (Meruoca), Sobral (Sobral), Quandú (Itapipoca), Amanary (Maranguape) e Pacajus. O volume expressivo resulta de chuvas moderadas, porém bem distribuídas em certas áreas do Estado.

Desempenho desigual entre as regiões

Apesar do bom resultado geral, a distribuição das chuvas foi desigual. Como antecipado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o Norte do Estado concentrou os maiores volumes, enquanto o Sul e o Sertão Central tiveram precipitações abaixo da média.

Situação das bacias hidrográficas

A bacia do Litoral apresenta o cenário mais confortável, com 98,7% da capacidade. Já a bacia do Sertão de Crateús enfrenta o pior cenário entre as 12 regiões monitoradas, com apenas 20,3% de volume preenchido.

Os três maiores açudes do Estado

Dos três maiores açudes do Ceará, apenas o Orós (2,1 bilhões de m³) sangrou em 2025. O Castanhão, o maior do Estado, está com 29,7% da capacidade (1,99 bilhão de m³), com pico de 30% neste mês. O Banabuiú, terceiro maior, apresenta 36,7% de volume, o melhor índice do ano.

Comportamento das chuvas na quadra

A quadra chuvosa, que vai de fevereiro a maio, teve comportamento próximo à média histórica. Fevereiro registrou 124,2 mm (2,4% acima da média), e março teve 205,1 mm (próximo da média de 206,5 mm). Abril destoou com apenas 120 mm, frente aos 190,7 mm esperados, uma redução de 37,1%, o pior abril em oito anos.

Balanço e perspectivas

Apesar de um abril mais seco, o volume acumulado em 2025 foi satisfatório, com 5,88 bilhões de m³ aportados nos açudes. Esse resultado é fundamental para o abastecimento humano, produção agrícola e sustentabilidade hídrica nos períodos de seca. Especialistas reforçam a importância da gestão responsável da água, sobretudo em regiões como o Sertão de Crateús, onde a escassez persiste. Monitoramento contínuo e políticas de uso consciente continuam sendo essenciais, mesmo em anos de bons índices de chuva.

Açudes que estão sangrando no Ceará:

  1. Acaraú Mirim, em Massapê
  2. Arrebita, em Forquilha
  3. Jenipapo, em Meruoca
  4. Sobral, em Sobral
  5. Caldeirões, em Saboeiro
  6. Orós, em Orós
  7. Diamantino II, em Marco
  8. Gangorra, em Granja
  9. Itaúna, em Granja
  10. Tucunduba, em Senador Sá
  11. Várzea da Volta, em Moraújo
  12. Caxitoré, em Uruoca
  13. Frios, em Umirim
  14. Itapajé, em Itapajé
  15. Mundaú, em Uruburetama
  16. Poço Verde, em Itapipoca
  17. Quandú, em Itapipoca
  18. Amanary, em Maranguape
  19. Aracoiaba, na cidade de mesmo nome
  20. Cauhipe, em Caucaia
  21. Germinal, em Pacoti
  22. Pacajus, na cidade de mesmo nome
  23. Pesqueiro, em Capistrano
  24. Sítios Novos, em Caucaia
  25. Tijuquinha, em Baturité
  26. Olho d’Água, em Várzea Alegre
  27. Rosário, em Lavras da Mangabeira
Zeudir Queiroz