Há dois anos sendo calculada apenas com bases nos índices inflacionários, as tarifas dos serviços de abastecimento de água e de coleta de esgoto praticadas pela Cagece, nos 150 municípios atendidos pela Companhia no Estado, poderão trazer surpresas em março próximo, para o consumidor cearense.
A partir da próxima revisão tarifária, serão incluídos alguns fatores novos, como o custo dos ativos da empresa, a eficiência dos serviços prestados, dentre outros parâmetros de aferição que, certamente, interferirão nos cálculos do futuro reajuste.
Novo cálculo
“Ainda é cedo para dizer se (as tarifas) irão aumentar ou diminuir, além da inflação do período (geralmente de março de um ano a fevereiro do ano seguinte). Mas é certo que serão diferentes, com novas variáveis e cálculos mais precisos”, confirmou na tarde de ontem, o coordenador Econômico-Tarifário da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Ceará (Arce), Mário Parente.
“No próximo ano, vamos calcular as tarifas considerando os ativos reais, mas também a eficiência dos serviços prestados. Ou seja, nem tudo que for despesas será aceito”, alertou Parente.
Segundo ele, a Arce está perto de concluir e reconhecer as certificações dos ativos de regulação da Cagece, objeto de estudos iniciados há mais de um ano, pelas empresas de consultoria American Appraisal e Quantum Brasil. Ambas foram contratadas para elaborar os estudos da certificação de ativos de regulação da Companhia sobre a nova regulamentação Tarifária. “O relatório deve ser fechado até março”, sinalizou Parente.
Ele explica que para isso ocorrer será necessário ainda, que a Cagece reconheça no seu balanço financeiro deste ano, o novo valor contábil dos ativos da companhia, diagnosticados pelas empresas de consultoria.
Estudos
Na última quinta-feira, os estudos que apontarão os percentuais da nova tarifa da Cagece foram apresentados por técnicos das empresas à Cagece e ao Conselho Diretor da Arce. Na oportunidade, foram discutidos os critérios que vão definir a próxima tarifa a ser aplicada em 2015. “Esses estudos levam ao aperfeiçoamento metodológico para aplicação dos futuros percentuais das tarifas da Cagece”, destacou Parente, lembrando que os ativos representam 40% do valor da tarifa.
Fonte: Diário do Nordeste
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