No Ceará, 53.905 pessoas já estão recuperadas da doença. Desse total, 9,26% foram de pacientes que chegaram a ser internados
Nos últimos meses, histórias de superação de pessoas que foram infectadas com a Covid-19 dão esperança em meio à devastação causada pela pandemia. No Ceará, 53.905 pessoas já estão recuperadas da doença. Isso corresponde a 71% dos cearenses que foram diagnosticados com o novo coronavírus. O Ceará chegou a 75.784 casos confirmados da infecção, conforme dados atualizados às 17h48min de ontem, 12, pela plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).
Do total de recuperações, 48.913 (90,74%) constituem “casos confirmados para Covid-19 que evoluíram para cura” e 4.992 (9,26%) foram “casos hospitalizados confirmados que tiveram alta hospitalar ou desfecho de cura”. Isso segundo dados alimentados pelo e-uSUS Vigilância Epidemiológica (e-SUS VE) e pelo Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe).
Do total de recuperados, pessoas com idade entre 25 e 49 anos são 29%. As pessoas com 60 anos ou mais — faixa etária de risco, que corresponde ao maior número de óbitos — são 21% dos curados da Covid-19. Os casos que evoluíram para a cura são 21.253 (39,4%) de residentes em Fortaleza e 32.653 (60,6%) de outros municípios.
Conforme o infectologista Anastácio Queiroz, professor da Faculdade de Medicina (Famed) da Universidade Federal do Ceará (UFC), a taxa de pessoas recuperadas é boa mas ainda não o suficiente. “A gente fica querendo saber o que acontece com esses 30%. É difícil falar de recuperados no setor público. Quem vai para o setor público, quando melhora, não necessariamente volta. Pode ser melhor. A não ser quando está internado, que tem a alta e fica registrado”, pontua.
O médico destaca que, com os aprendizados adquiridos com relação à doença, “hoje, qualquer que seja o local, a possibilidade de recuperação é maior do que em março”. O início de intervenção terapêutica precoce é um dos fatores determinantes para a recuperação, principalmente nos casos dos grupos de risco: pessoas com mais de 60 anos ou comorbidades.
Ele explica que o nível de exposição ao vírus também interfere na evolução do quadro clínico. “Uma coisa é se infectar por um contato só, por uma pessoa que tosse uma vez, outra coisa é a exposição durante muitos dias, várias vezes. Principalmente quem trabalha com pessoas muito contaminadas”, destaca.
Os sintomas mais recorrentes entre os pacientes hospitalizados com Covid-19 no Ceará são febre (77,3%), tosse (76,1%), dispneia, ou seja, falta de ar, (75,6%), desconforto respiratório (53,7%) e queda da saturação de oxigênio (51,3%). A informação é do boletim epidemiológico mais recente divulgado pela Sesa na última terça-feira, 9.
Segundo balanço do IntegraSUS, foram registradas 4.812 mortes no Estado. A letalidade, que é a quantidade de pessoas que morreram pela doença em relação à quantidade de infectados por ela, é de 6,3% do Ceará. Foram 1.092 novos casos e 104 óbitos a mais que os totais registrados na última atualização da quinta-feira, 11. Das mortes registradas, 10 ocorreram nas últimas 24 horas. São 53.475 casos que seguem em investigação. Além disso, já chega a 176.082 o número de exames realizados no Estado.
Fonte: https://mais.opovo.com.br/jornal/
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