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54% da população está exposta a risco muito alto de dengue

Levantamento da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) indica que 24,5% dos municípios cearenses estão classificados com risco muito alto para epidemias de dengue. Considerando a população exposta, 54,1% dos cearenses estão expostos a esse risco. No entanto, não há motivo para alarde.

De acordo com o secretário estadual da Saúde, Arruda Bastos, a dengue no Interior está controlada, mas é fundamental que as secretarias municipais da saúde e a própria população adotem as medidas necessárias para diminuir o foco do mosquito Aedes aegypti. “Não é porque tem poucos casos, que as secretarias da saúde e a população podem descuidar. Ainda estamos num período em que os casos podem aumentar”.

A estimativa da Sesa se baseia no indicador “Risco Dengue”, elaborado pelo Ministério da Saúde, para classificar os municípios de acordo com critérios baseados em setores da saúde, do ambiente e demográfico. Conforme o último boletim da dengue, divulgado na última sexta-feira, 27, em todo o Ceará, foram confirmados 6.288 casos de dengue neste ano, sendo que 2.604 foram no Interior.

Juazeiro

Segundo Arruda Bastos, no Interior, a situação está tranquila, bem melhor que no ano passado. O município com maior número de casos é Juazeiro do Norte, que teve 686 casos confirmados. Uma pessoa morreu de dengue com complicação.

Arruda Bastos afirma que a Sesa reforçou o apoio à secretaria da Saúde de Juazeiro no Norte, nas ações de prevenção e que vem capacitando equipes de diagnóstico para garantir o diagnóstico precoce de dengue.

Segundo a Secretária da Saúde de Juazeiro do Norte, Luciana Matos, o Município intensificou as ações dos agentes de endemias, que, nos últimos 60 dias, visitaram duas vezes as residências, para saber o índice de casos de dengue. Eles fizeram limpeza de caixas d’água e colocaram remédios para o combate ao mosquito.

“Os agentes de endemias estão ainda passando os carros fumacês, em Juazeiro. O principal problema da dengue é a questão da consciência da população, a questão da limpeza”, disse a secretária, reforçando que houve aumento nos recursos enviados pelo Ministério da Saúde para o combate à doença.

Zeudir Queiroz