“Estou animada e ansiosa”, diz Camila Maria, estudante do Ensino Médio do Colégio Dom Felipe, do Bairro Quintino Cunha, de Fortaleza. São esses sentimentos que a dominam ao saber que no próximo ano irá participar de um curso de imersão na Nasa, a Agência Espacial dos Estados Unidos, junto com mais 13 colegas da escola. A “ficha cai” quando se dá conta das áreas que precisa estudar e das aulas intensivas de inglês aos sábados.
Os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental até o 2º ano do Ensino Médio foram selecionados para participar de um curso de imersão na Nasa em setembro de 2018. De acordo com a coordenadora pedagógica do colégio, Priscila Reis, a instituição foi a única da região Nordeste a ser classificada.
Segundo ela, os estudantes irão passar uma semana nas unidades da agência, assistindo aulas voltadas para o desenvolvimentos de novas tecnologias. Além disso, terão a oportunidade de conhecer o campus de uma universidade norte-americana vinculada à Nasa.
“Eles vão receber uma certificação internacional e serão acompanhados pela Nasa por quatro anos depois do curso. O objetivo é captar talentos”, explica Priscila, responsável por estimular aos alunos a participar do processo seletivo. No Brasil, outros dois colégios também foram selecionados. Uma da região Sudeste e outro da região Sul.
O processo de classificação durou cerca de dois meses. Os alunos precisaram fazer uma prova, englobando áreas de conhecimento como matemática, biologia, física e química. Os 14 alunos de maiores notas foram selecionados para o curso. “A capacitação vai acontecer nos dias 17 a 22 de setembro de 2018”, afirmou Priscila.
Preparação
Camila é uma das selecionadas e já está organizando os seus horários para conciliar os estudos voltados para o curso, principalmente para alcançar um nível desejável de inglês.
Sua rotina está puxada. Pela manhã, ela estuda para os conteúdos que foram vistos na aula durante a tarde. Ao chegar do colégio, vai para a mercearia dos pais para ajudá-los, mas sempre leva um livro para estudar enquanto está no estabelecimento da família.
“Eu sempre levo um livro e um caderno na mercearia dos meus pais. E ano que vem vamos ter aulas extras de inglês e vamos ter aula de linguagem de programação. A gente tem que ter uma base de programação”, explicou. Outras disciplinas terão aulas extras, como física, química, biologia e matemática, para poder acompanhar o nível do curso de imersão.
No próximo ano, Camila vai estar no último ano do Ensino Médio e, apesar de perceber que a sua rotina de estudo vai estar puxada, ela enxerga que o esforço valerá a pena. Para ela, é uma oportunidade de conhecer novas realidades e de ingressar em uma universidade norte-americana.
“Eles vão ficar nos observando durante quatro anos. Então, é uma oportunidade. É um país de primeiro mundo. O nível é mais puxado e tem uma mentalidade diferente. A experiência vai ser válida”, diz animada.
Fonte: http://tribunadoceara.uol.com.br/
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