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11ª edição da Marcha pela vida reúne público jovem e de diferentes religiões

A 11ª edição da Marcha pela vida e contra o aborto levou centenas de pessoas à avenida Beira Mar, em Fortaleza, neste sábado, 5. A estimativa da organização é de 2 mil participantes. Representantes de diversas religiões estiveram no local para endossar o discurso contra as práticas abortivas e em defesa da vida desde a concepção. O público era composto principalmente por jovens, que empunhavam bandeiras de suas organizações e dançavam de acordo com as músicas que tocavam nos dois trios elétricos que acompanharam a manifestação.

FORTALEZA, CE, BRASIL, 05.10.2019: Marcha contra o aborto. Av. Beira mar. (Fotos: Fabio Lima/O POVO)(Foto: Fabio Lima/Fabio Lima)

A engenheira de alimentos Civita Sousa, 34 anos, reforçou a relevância da pauta dentro da igreja. “É muito importante ser testemunho para a vida de outras pessoas. Assumir, como cristãos, e ser responsável até por aqueles que não vieram”. Civita é integrante da Comunidade Canção Nova. Além dessa, marcaram presença pessoas da Comunidade Shalom, Centro Espírita Chico Xavier e Comunidade Face de Cristo.

Beatriz Fernandes, 24, acredita que a geração atual despreza a vida. “As plantas e os animais importam, mas a vida humana não tem importância”, comenta. Como estudante de enfermagem, ela afirma defender a pauta contra o aborto dentro do campi da universidade onde estuda. Para ela, os profissionais da saúde aprendem a não defender a vida durante a graduação e que isso é uma hipocrisia.

O auxiliar de administração Paulo Ryan, 18, estava junto com amigos da Frente Integralista Brasileira de Defesa da Vida. Para o jovem, o crime de aborto brada aos céus e clama a Deus por justiça. “É o nazismo de luvas brancas. Um crime bárbaro, que viola a lei natural.

Também compareceu ao evento o senador pelo Ceará Eduardo Girão (Podemos). O político defendeu a causa e destacou a presença nas onze edições da Marcha. “Não é só a vida do bebê que é destruída. A saúde da mulher fica comprometida pelo resto da existência. Questões emocionais, psicológica, mental e até física. Quem que faz aborto em relação àquela que não faz tem uma propensão a desenvolver problemas, como crise de ansiedade, depressão e até o suicídio”, comentou.

A concentração ocorreu na esquina da avenida Barão de Studart com Beira-Mar e, por quase um quilômetro, seguiu até a rua Joaquim Nabuco. Dividiram os dois trios elétricos, entre palavras de religiosos,os cantores Armando Nóbrega, Ticiana de Paula, Diego Fernandes e Chico Pessoa.

A lei brasileira considera o aborto como crime contra a vida humana. Por outro lado, a prática não é criminalizada em três situações: quando a gravidez representa risco de vida para a gestante, em casos de gestação decorrida de um estupro ou se o feto for anencefálico, ou seja, não possuir cérebro. Esse último caso, julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2012, é declarado como parto antecipado com fins terapêutico.

Fonte: O Povo Online

Zeudir Queiroz